Após o aumento de 32,25% na tarifa do ferry boat entre a Vigorelli, em Joinville, e a Vila da Glória, em São Francisco do Sul, acompanhado de novos problemas estruturais da travessia, ressurge o questionamento: qual a possibilidade uma ponte ser construída para ligar os locais e substituir a balsa?
Para responder esta pergunta, a Amunesc (Associação dos Municípios do Nordeste de Santa Catarina) prepara um edital de licitação para contratar empresa especializada que realizará um EVTEA (Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental) para avaliar se a obra é, de fato, possível de ser executada.
O estudo, solicitado pela prefeitura de Joinville à Amunesc em janeiro, porém, só deve sair do papel em 2025. Segundo a Associação, o edital está em fase de orçamento para definir o valor estimado do contrato. A previsão é que, antes do fim do ano, a licitação seja lançada.
Discussão sobre ponte é antiga
A discussão sobre a construção da ponte que poderia substituir o ferry boat não é nova, mas voltou a ganhar força no começo deste ano, após a interdição da balsa entre a Vigorelli e a Vila da Glória, cujo trecho é de aproximadamente 1,1 km.
À época, a Marinha do Brasil identificou diversos problemas estruturais, entre eles, água no convés, o que colocava em risco os usuários do serviço. O ferry boat voltou a operar dias depois, mas voltou a apresentar problemas.
Ferry boat enfrentou novos problemas
Algumas semanas após a interdição, um termo de compromisso foi assinado entre o governo de Santa Catarina e a empresa F. Andreis, que opera o serviço. Além de determinar melhorias na balsa, o termo também autorizou o reajuste retroativo da tarifa, que subiu de R$ 18,90 para R$ 25 para automóveis e vans na última quinta-feira (14).
No mesmo dia, a embarcação sofreu um novo problema. Por conta de uma falha no motor do rebocador, o ferry boat ficou à deriva e precisou ser puxado por outra embarcação. Segundo a F. Andreis, o caso foi apenas “um pequeno problema mecânico, resolvido rapidamente”.
Neste final de semana, a Marinha do Brasil realizou uma vistoria em uma das embarcações que operam o serviço. A travessia chegou a ficar parada por mais de uma hora, causando longas filas de veículos.