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Caso Isis: Justiça tem até dezembro para definir se réu por matar adolescente grávida no Paraná irá a júri popular; veja próximos passos


Isis Victoria Mizerski sumiu há mais de cinco meses, e apesar do corpo dela não ter sido encontrado a polícia acredita que ela foi assassinada. Marcos Vagner de Souza, apontado como pai do bebê, está preso e alega inocência. Caso Isis: Adolescente grávida desaparecida no Paraná
A Justiça tem até o início de dezembro para definir se Marcos Vagner de Souza vai a júri popular – e, se não, o vigilante já deve receber a sentença de um juiz.
Ele é réu pelo assassinato de Isis Victoria Mizerski, que tinha 17 anos e estava grávida quando desapareceu no dia 6 de junho em Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná.
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Isis sumiu após sair para encontrar Marcos, apontado como pai do bebê. Apesar de o corpo dela não ter sido encontrado, a Polícia Civil acredita que ela foi assassinada. Marcos está preso por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e aborto provocado sem o consentimento da gestante. Ele alega inocência. Veja detalhes mais abaixo.
Na quinta-feira (18) foram finalizadas as audiências de instrução e julgamento do caso. Ao todo, 18 testemunhas foram convocadas a depor e Marcos foi a última pessoa a ser interrogada. Durante o depoimento, ele reafirmou que não tem envolvimento em qualquer crime.
O Ministério Público e a acusação apresentaram alegações orais e, contando a partir desta segunda-feira (18), a defesa do réu tem dez dias para apresentar os argumentos finais por escrito; ou seja, até 27 de novembro.
A partir de então, a Justiça tem outros dez dias para definir se o caso passará por júri popular em 2025. Caso a decisão seja negativa, o juiz deve julgar o caso e apresentar a sentença dentro do mesmo prazo – que termina, no máximo, no dia 7 de dezembro.
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Ao g1, o advogado de defesa de Marcos, Renato Tauille, disse que nas alegações finais vai pedir que o juiz reconheça a “ausência de indícios” do envolvimento do vigilante em qualquer crime e pedir pela absolvição do acusado.
Na quinta-feira (14), após o final das audiências, o advogado Cláudio Dalledone, que representa a família de Isis e presta assistência na acusação, disse que Marcos apresentou inconsistências ao tentar justificar evidências – como na época em que Isis desapareceu, quando ele mentiu não ter se encontrado com a jovem.
“Para a defesa, o comportamento e as respostas vazias de Marcos corroboram com o que foi trazido ao processo até aqui: ele é o responsável pelo desaparecimento de Isis e será julgado pelo povo, no Tribunal do Júri”, diz o texto.
Marcos Vagner de Souza e Isis Victória Mizerski
Reprodução
Caso Isis
De acordo com o delegado Matheus Campos Duarte, Isis e Marcos tiveram relações sexuais entre abril e maio de 2024 e a adolescente engravidou do vigilante.
Semanas depois, ela começou a desconfiar da gestação e no dia 3 de junho contou para Marcos das próprias suspeitas, afirma o delegado. As investigações apontam que ele pediu que ela fizesse um teste, que confirmou a gravidez.
O delegado afirma que os dois saíram para se encontrar no dia 6 de junho – e desde então, Isis não foi mais vista.
As investigações reuniram imagens de câmeras de segurança que mostram Marcos em uma farmácia dois dias antes do sumiço. Três testemunhas afirmaram, em depoimento, que ele as procurou para tentar comprar remédios abortivos.
Vídeos e registros da localização do celular de Marcos na noite do desaparecimento e nos dias seguintes também contribuíram para aumentar as suspeitas de crimes.
Veja a cronologia do caso
Delegado Matheus Campos Duarte foi responsável pela investigação na Polícia Civil
AEN
Processo na Justiça
O inquérito foi finalizado no começo de agosto.
Quando a Polícia Civil anunciou o indiciamento do homem, o delegado Matheus Campos Duarte comparou o caso de Isis ao de Eliza Samudio. Ela desapareceu em 2010 e nunca teve o corpo encontrado. Apesar disso, acusados de envolvimento no crime foram condenados – incluindo o ex-goleiro Bruno Fernandes.
Assassinato sem corpo: Especialistas explicam como Justiça trata desaparecimento de adolescente grávida no Paraná como homicídio
Marcos Vagner de Souza virou réu na Justiça por três crimes, todos no âmbito da violência doméstica:
homicídio triplamente qualificado (por feminicídio, dissimulação e motivo torpe);
ocultação de cadáver;
aborto provocado sem o consentimento da vítima.
No início de novembro, uma força-tarefa realizou novas buscas pelo corpo de Isis após a polícia receber novas denúncias e também o resultado de um laudo da perícia feito com amostras de lama encontradas no carro do homem, mas não houve novidades sobre o paradeiro da desaparecida.
A Polícia Civil destaca que quem tiver informações sobre vestígios do paradeiro da adolescente pode fazer denúncias anônimas através dos telefones 197, da corporação, ou 181, do Disque-Denúncia.
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