A primeira audiência de instrução do caso ‘Tio Paulo’ aconteceu nesta terça-feira (12) sem a presença da sobrinha Érika de Souza. O caso viralizou após Érika levar o tio já morto a um banco para realizar um empréstimo de R$ 17 mil. O andamento do caso ficou marcado para 18 de fevereiro de 2025.
Nesta terça-feira (12) foram ouvidas seis testemunhas de acusação. Érika não participou da audiência no Fórum de Bangu, no Rio de Janeiro, pois está internada por conta de seu quadro psiquiátrico. A defesa afirma que a sobrinha não tem capacidade cognitiva para entender a situação.
A advogada, Ana Carla de Souza, ainda diz que Érika estava em surto psicótico no momento do caso, que aconteceu no dia 16 de abril deste ano. Érika, de 43 anos, foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por vilipêndio a cadáver e tentativa de furto mediante fraude.
Em maio, a sobrinha chegou a ser presa preventivamente, mas foi solta após decisão da juíza Luciana Mocco, que levou em conta o fato dela ser ré primária. A decisão considerou que Érika possui residência fixa e não apresenta risco à ordem pública, podendo responder em liberdade.
Em outubro deste ano, a defesa de Érika tentou adiar a audiência, alegando que ela passaria por uma cirurgia e estava com a saúde mental debilitada. O pedido, porém, foi negado.
A sobrinha está internada desde 24 de outubro. Familiares estão na clínica junto a ela e, por isso, também não compareceram à audiência.
Relembre o caso do ‘Tio Paulo’
No dia 16 de abril, funcionários de uma agência bancária de Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foram surpreendidos por uma mulher que levou um cadáver em uma cadeira de rodas para tentar fazer um empréstimo de R$ 17 mil.
Conforme os bancários, Érika de Souza, de 43 anos, tentava manter reta a cabeça do tio, Paulo Roberto Braga, de 68 anos. Ela conversava com o cadáver, que apresentou como um tio. Os funcionários suspeitaram das atitudes da mulher e chamaram a polícia.
“Tio, tá ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como. Eu não posso assinar pelo senhor. Tio, tá sentindo alguma coisa? Mas ele não diz nada”, disse durante a tentativa de conseguir o empréstimo.
O Samu também atendeu a ocorrência. Ao chegar no local, identificaram que o homem, Paulo Roberto Braga, 68 anos, estava morto.