O ministro do Interior da França ficou incomodado com a manifestação política da torcida do PSG, com a inscrição “Palestina Livre”, na derrota por 2 a 1 para o Atlético de Madrid, pela Liga dos Campeões. Bruno Retailleau considerou o protesto como um “ato inaceitável” e pediu explicações ao clube da capital.
A bandeira foi exposta na entrada dos times em campo no estádio Parque dos Príncipes, em Paris. Ela foi confeccionada pela organizada Auteuil Kop e apresentava o desenho de um mapa com Israel, Cisjordânia e Gaza, nas cores do lenço palestino Keffiyeh, um símbolo de apoio aos palestinos.
Dessa forma, Retailleau avisou vai cobrar explicações do PSG por conta da manifestação política e não descartou punição ao clube. A Uefa, por outro lado, informou que não o penalizará.
Em entrevista à “Sud Rádio”, o ministro do interior francês não escondeu a indignação com a bandeira da organizada do PSG.
“Não descarto nada. Vou exigir explicações do PSG, certamente. Considero inaceitável. As regras da Uefa proíbem mensagens políticas, isso que aconteceu é exatamente uma mensagem política. Claro que o presidente do PSG tem que se responsabilizar. Quero saber como essa lona chegou, como que instalaram lá”, avisou Retailleau.
“Palestina Libre”
La hinchada del PSG desplegó esta bandera en el partido que juega ahora contra el Atlético de Madrid por #ChampionsLeague. pic.twitter.com/s98cqhvyAS
— Fútbol y Política (@FutboliPolitica) November 6, 2024
Assim, o Ministério do Interior convocou o presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), Phillippe Diallo, para uma reunião nesta sexta. De acordo com a imprensa local, o diretor geral do PSG, Victoriano Melero, também recebeu a intimação.
“O Paris Saint-Germain lembra que o Parque dos Príncipes é – e deve permanecer – um lugar de comunhão em torno de uma paixão comum pelo futebol. Assim, se opõe firmemente à qualquer mensagem de natureza política em seu estádio”, declarou o clube por meio de um comunicado.
Protesto da torcida do PSG tinha outra mensagem
O manifesto da torcida do PSG carregava uma outra mensagem. A bandeira ainda contava com um personagem, como se fosse um lutador, um tanque e as cores do Líbano.
“Guerra no campo, mas paz no mundo”, dizia outra mensagem na faixa. Por fim, o pedido de liberdade: “Palestina Livre”.