Todo o carro traz um plano de revisões programadas, segundo a quilometragem ou o tempo de uso, o que vencer primeiro.
Cumprir esse plano em uma oficina nas redes de concessionárias é condição para que a garantia de fábrica seja mantida durante o período de validade.
Porém após a cobertura expirar, muitos motoristas “relaxam” e deixam de lado a manutenção. Eles recorrem a oficina apenas na hora que surgem os problemas mais graves, sendo bastante comum em carros mais antigos e rodados.
O ideal é prosseguir com o plano de revisões, seja com mecânico de confiança ou uma oficina oficial da fabricante. Antes de uma pane mais séria ocorrer, o carro costuma dar sinais que algo não vai bem.
Segundo o mentor de tecnologia e inovação da SAE Brasil, Erwin Franieck, há sinais que está mais do que na hora de agendar aquela visita à oficina.
Veja 5 sinais que você deve levar o carro a uma oficina mecânica
1) Ruídos na suspensão
Esse é um aviso clássico de que algo não vai bem no carro e que ele está implorando por reparos. Segundo Franieck, é importante ficar atento a ruídos, especialmente quando passar em buracos, valetas e outros terrenos irregulares.
Ele ressalta que se a inspeção do sistema de suspensão for realizada antes, a chance de ter de arcar com um reparo mais caro só diminui.
“Se você não cuidar disso logo no começo, lembre-se de que este ruído é choque entre metais, que gera pequenos desgastes a cada quilômetro rodado. Isso só vai piorar com o passar do tempo”, pontua.
2) Nível do óleo baixo antes do prazo
Todo o manual do proprietário traz as quilometragens e os prazos para troca do óleo lubrificante do motor e do respectivo filtro.
Caso o nível comece a baixar antes da hora prevista, é um indicativo de que pode haver problemas que precisam da atenção e uma análise mais detalhada, sobretudo se o sintoma vier acompanhado de falhas no funcionamento do propulsor como “engasgos”, perda de potência e aumento no consumo de combustível.
Erwin Franieck alerta que o óleo pode estar passando por algum ponto para dentro da câmara de combustão e vice-versa. E isso compromete a ignição, a lubrificação e a eficiência do motor, acelerando o desgaste de componentes internos e reduzindo sua vida útil.
3) Oscilações na frenagem
Caso você perceba que o pedal do freio está muito baixo, esse é um indicativo de que está mais do que na hora de levar o carro a uma oficina.
Algumas oscilações na frenagem e ruídos metálicos são sintomas de problemas que podem ir desde pastilhas e discos desgastados até algum vazamento do fluido de freio que também pode ter sido contaminado pela umidade – que causa a formação de bolhas e reduz sua eficiência.
Erwin Franieck indica os motoristas a verificarem a profundidade dos sulcos dos pneus. Caso a banda de rodagem esteja no mesmo nível da marca TWI (tread wear indicator), que serve como referência relativa ao desgaste dos pneus é hora de trocar o pneu.
4) Luzes de advertência
As luzes de advertência são os “pedidos de socorro” do carro, afinal é fácil de ser identificado e não se deve ignorar. Após girar a chave e dar partida no carro quase todas as luzes de advertência devem se apagar em instantes após o motor começar a girar.
Uma luz fica acesa é a do freio de estacionamento e só apaga quando o motorista desativar o dispositivo de segurança para começar a rodar. “Não despreze esses sinais. Quando eles acendem, você pode ter certeza de que algo deve ser verificado”, afirma Franieck.
Ele recomenda uma atenção especial com as luzes vermelhas de temperatura do líquido de arrefecimento e também a do nível/temperatura do óleo do motor.
Outra luz que os condutores devem se atentar é a luz da injeção de combustível, na cor laranja, que pode indicar uma série de falhas.
5) Odor de combustível
O alerta de odor do combustível é importante. Se você perceber esse cheiro com o carro estacionado na garagem ou em movimento, é possível que haja algum vazamento, algo que traz, inclusive, risco de incêndio.
Erwin Franieck indica buscar um mecânico o mais rápido possível. Ele recomenda ficar de olho em manchas de líquidos e fluidos acumulados no piso onde o carro ficou parado de um dia para o outro.