O homem acusado de matar Wellinton dos Santos, em Três Barras, no Planalto Norte catarinense, foi absolvido pelo tribunal do júri nesta quarta-feira (6). No julgamento, entendeu-se que o crime, que aconteceu em 5 de julho de 2021, teria sido cometido em autodefesa.
A tese inicial era de que o assassinato foi motivado por um “acerto de contas”. Segundo informações da época, o acusado teria aproveitado a oportunidade para matar Wellinton, que foi até a oficina para retirar um veículo deixado para conserto.
Imprecisão em depoimentos levou acusado a ser absolvido
Conforme o portal JMais, a defesa afirmou que havia várias imprecisões nos depoimentos que levaram o homem ao banco de réu. O advogado ainda salientou que seu cliente revidou a uma agressão.
A promotoria solicitou a condenação do acusado por homicídio simples. A defesa do réu, no entanto, pediu a absolvição baseada no depoimento de uma testemunha que viu a situação, mas não quis identificar-se.
O que teria acontecido no dia do crime
De acordo com o relato da testemunha, a vítima chegou ao local, apressadamente, em uma bicicleta. Wellinton teria largado a bicicleta no chão, sacado uma arma e corrido para os fundos da oficina. Logo em seguida, ouviu os disparos e viu Luis fugindo.
Segundo a defesa do acusado, o homem foi até a oficina mecânica para retirar um carro. Lá, encontrou Wellinton, mais conhecido como Xing Ling. No momento em que a vítima viu o acusado, teria saído do local.
De acordo com o depoimento do dono da oficina, Xing Ling teria saído a pé para buscar a carteira, já que tinha deixado o dinheiro em casa, mesmo com o dono da oficina dizendo que ele poderia retirar o carro e pagar depois.
Antes dele deixar o local, no entanto, houve uma troca de provocações entre acusado e vítima. Xing Ling teria voltado armado e houve troca de tiros entre os dois dentro do estabelecimento, que ficava na rua Afonso Krüger.
O acusado teria ido para casa e pedido para avisarem a polícia que matou Wellinton. Na sequência, fugiu com receio de ser morto por uma facção que, supostamente, a vítima faria parte.
Um vídeo, exibido pela defesa no julgamento, mostrava Wellinton afirmando que mataria o homem acusado. No vídeo, ele segurava uma espingarda.
O júri entendeu que o acusado não tinha intenção de matar Wellinton, já que o crime não aconteceu no momento em que a vítima entrou na oficina. Prevaleceu a tese de que ele atirou para se defender.