O homem de 51 anos que matou a ex-esposa por estrangulamento com um fio de eletricidade foi condenado a 21 anos de prisão, em regime fechado, e seis meses de detenção, em regime aberto, nesta quinta-feira (7). O crime aconteceu em fevereiro, quando o homem matou a mulher e jogou o veículo em uma ladeira no bairro Efapi, em Chapecó, Oeste de SC.
Relembre o crime
Na manhã do dia 22 de fevereiro as forças de segurança foram acionadas para atender um possível acidente de trânsito no bairro Efapi. Sonia Matielo, de 48 anos, foi encontrada morta dentro de um veículo na rua Ernesto José de Marco.
Em menos de quatro horas, a polícia descobriu que não se tratava de um acidente, mas sim de um feminicídio. O principal suspeito era o ex-marido, que não aceitava o fim do relacionamento de 30 anos.
Por volta das 6h da manhã, o condenado entrou no edifício, onde era conhecido pelos moradores. Com a chave reserva do carro dela, se escondeu no banco traseiro, com um fio de luz, e aguardou a vítima.
Condenado jogou o carro na ladeira
Sonia entrou no veículo e não percebeu a presença do ex. Então, ele a estrangulou e deu algumas voltas pela cidade com a ex-companheira já morta.
O suspeito soltou o veículo em ponto morto na rua Ernesto José de Marco, no bairro Efapi e foi trabalhar como se nada tivesse acontecido. Informado sobre o ocorrido, ele ainda fingiu demonstrar surpresa e comoção.
Antes de jogar o carro na ladeira
O delegado responsável pelo caso, Éder Matte, detalhou na época do crime que o homem colocou o banco para trás e sentou no colo da vítima para dirigir até a rua com declive. No local, o suspeito colocou o carro no neutro para forjar o acidente de trânsito e um suposto mal súbito.
Conforme a Guarda Municipal, uma moto e outro carro foram atingidos pelo veículo da vítima. O homem foi preso em flagrante pela polícia.
Motivação do feminicídio
Conforme o delegado, o suspeito relatou que no dia anterior do crime, ele e a ex-esposa se encontraram para acertar os detalhes da separação.
A vítima teria revelado ao ex-companheiro que estava em um novo relacionamento. A informação foi o estopim para o homem executar o crime.
Ele contou à polícia que tinha esperanças de reatar o relacionamento. O delegado contou que não havia relatos de ameaças ou brigas anteriores. “Eles realmente se davam bem”, completou na época.