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Sérgio Sacani destaca desafios da ciência espacial no Brasil e elogia projeto inédito da UFSC

Em entrevista exclusiva ao ND Mais, o doutor em Geociências, YouTuber e Podcaster, Sérgio Sacani, trouxe à tona os desafios enfrentados pela ciência espacial no Brasil. O bate-papo ocorreu após a abertura do Sepex da UFSC, realizada na noite da última quarta-feira (6), no auditório da instituição.

Sérgio Sacani elogiou o projeto 'Constelação Catarina" da UFSC

Sérgio Sacani falou sobre os desafios da ciência espacial no Brasil – Foto: Mateus Mendonça/UFSC/Divulgação/ND

Sacani destacou que o setor sofre com o desinteresse político e a falta de investimento, uma vez que a população não percebe a aplicação direta dessa ciência em seu cotidiano. Para ele, a ciência espacial no Brasil é deixada de lado, pois a população não vê sua aplicação direta.

“E se ela [população] não vê uma aplicação direta, o político que depende das pessoas que votarão nele, não vai dar atenção para a ciência espacial, porque isso não vai gerar no final do dia, votos para ele”, afirmou Sacani.

No entanto, Sacani considera a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) um “ponto fora da curva” no cenário nacional. A instituição, segundo ele, vem se destacando no setor ao desenvolver o “Projeto Catarina” — que já lançou um satélite ao espaço — e agora com o novo projeto “Constelação Catarina”, que prevê o lançamento de uma série de satélites.

“Tomara que isso seja replicado por muitas universidades, por muitas pessoas pelo Brasil, porque o Brasil tem esse problema”, declarou o divulgador científico Sérgio Sacani.

Sacani participou da abertura do Sepex 2024 da UFSC

Mesa de palestrantes debateu sobre cosmos, vida na terra e saúde mental – Foto: Mateus Mendonça/UFSC/Divulgação/ND

Soberania espacial é uma necessidade urgente para o Brasil, diz Sérgio Sacani

Sérgio Sacani enfatizou a urgência de o Brasil alcançar uma autonomia espacial, uma vez que o país depende de outras nações para obter dados e imagens de satélite. Ele ressalta que, atualmente, o Brasil utiliza sistemas de GPS e satélites meteorológicos de origem norte-americana.

Além disso, ele destaca que o Brasil ainda compra imagens de satélite para monitoramento do território nacional. “Isso hoje é discutido como soberania espacial. O Brasil não tem uma soberania espacial, a gente depende de comprar imagem, comprar dados e tudo mais”, explicou.

Segundo Sacani, cada país possui demandas e características específicas que poderiam ser melhor atendidas com satélites desenvolvidos de forma personalizada. Ele acredita que projetos como o “Constelação Catarina”, da UFSC, são fundamentais para dar esse passo.

Sacani abordou sobre o cosmos e a vida na terra - Mateus Mendonça/UFSC/Divulgação/ND

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Sacani abordou sobre o cosmos e a vida na terra – Mateus Mendonça/UFSC/Divulgação/ND

O Doutor em Neurociências, Eslen Delanogare falou sobre saúde mental e transtorno do estresse pós-traumático - Mateus Mendonça/UFSC/Divulgação/ND

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O Doutor em Neurociências, Eslen Delanogare falou sobre saúde mental e transtorno do estresse pós-traumático – Mateus Mendonça/UFSC/Divulgação/ND

Professora Mestre em Oceanografia da USP, Regina Rodrigues falou sobre estudos do clima e sobre a COP-30 - Mateus Mendonça/UFSC/Divulgação/ND

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Professora Mestre em Oceanografia da USP, Regina Rodrigues falou sobre estudos do clima e sobre a COP-30 – Mateus Mendonça/UFSC/Divulgação/ND

Sérgio Sacani durante o Sepex da UFSC - Mateus Mendonça/UFSC/Divulgação/ND

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Sérgio Sacani durante o Sepex da UFSC – Mateus Mendonça/UFSC/Divulgação/ND

Público lotou o auditório na abertura da Sepex 2024 da UFSC - Mateus Mendonça/UFSC/Divulgação/ND

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Público lotou o auditório na abertura da Sepex 2024 da UFSC – Mateus Mendonça/UFSC/Divulgação/ND

“É muito importante que tenha essa soberania porque cada país tem as suas peculiaridades e a gente pode fazer um satélite que seja específico para os nossos problemas. E Santa Catarina e a UFSC, particularmente, estão de parabéns com o projeto Constelação Catarina”, concluiu.

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