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Dólar se valoriza frente a moedas do mundo; real vai na contramão


A vitória de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos impacta a economia global porque seu plano de governo mexe com o comércio exterior e fortalece a moeda americana. Dólar sobe em vários países após vitória de Donald Trump
No mercado financeiro, o dólar se valorizou frente a moedas do mundo todo. Mas o Brasil foi na contramão.
O epicentro da notícia foi Washington, mas os mercados tremeram no mundo todo. A vitória de Donald Trump impacta a economia global porque seu plano de governo mexe com o comércio exterior e fortalece o dólar.
E foi justamente assim que o dia começou: com os países assistindo às próprias moedas perderem valor. Até as mais fortes se depreciaram. Na zona do Euro, o dólar subiu 1,8%. Em relação à libra, a alta foi de 1,1%. As economias emergentes também sentiram o impacto. Na Coreia do Sul, a moeda americana se valorizou 1,5%; na África do Sul, 1,4%; e no Chile, 0,7%.
Neste mapa, o Brasil foi na contramão: por aqui, o dólar caiu 1,2%. Uma surpresa, já que a cotação começou o dia em alta e chegou a valer R$ 5,86. Mas, ao longo do dia, a moeda foi perdendo força e fechou em R$ 5,67.
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Marcelo Kfoury Moinhos, professor de economia da FGV, explica que o preço do dólar varia tanto por questões externas quanto internas. Na avaliação dele, o comportamento do real nesta quarta-feira (6) mostra que o peso maior agora é do noticiário nacional.
“O real está indo na contramão talvez na expectativa das medidas de corte fiscal que o ministro Haddad vai anunciar ainda essa semana. Se houver frustração no tamanho desse pacote de corte de gastos, pode ser que a gente tenha uma rebordosa, e aí o real volte a depreciar”, afirma.
Dólar pelo mundo após a eleição de Donald Trump nesta quarta-feira (6)
Jornal Nacional/ Reprodução
A agenda de Donald Trump também impacta as bolsas de valores. É que o futuro presidente prometeu atuar na economia dos Estados Unidos, aumentando as tarifas de importação e cortando impostos. Isso fez com que os investidores corressem para as empresas listadas nas bolsas americanas, tirando dinheiro de outros países.
Com esse movimento, os principais índices dos Estados Unidos fecharam em alta. Já as bolsas europeias, como as de Frankfurt, Paris e Londres, ficaram no vermelho. No Brasil, a bolsa caiu 0,24%.
Luiz Francisco Secco, analista de fundos de investimento, diz que também já está no radar o acirramento da guerra comercial dos Estados Unidos com a China.
“O maior parceiro comercial do Brasil é a China. Se a China cresce menos, ela importa menos a nossa pauta de exportação é de commodities. Isso, por tabela, acaba sendo ruim para o Brasil, ruim para nossa conta corrente”, afirma Luiz Francisco Secco, analista e sócio da Veedha Investimentos.
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