Quatro anos após uma tentativa de reeleição frustrada com baixa popularidade e condenações na Justiça, Donald Trump volta à presidência dos Estados Unidos após as eleições de terça-feira (5). A vitória do republicano sobre a candidata democrata Kamala Harris pode ser apoiada em diferentes pontos, da economia à campanha feita pela adversária.
1 – Economia no país
A inflação pós-pandemia é considerada por especialistas como um dos fatores que levaram à preferência por Trump. O aumento da taxa de juros aplicado no governo Biden para conter a inflação não agradou os consumidores. Na comparação com o governo do republicano, em que a inflação se manteve menor, o republicano levou vantagem.
2 – Gastos e apoio às guerras
O apoio e investimento em guerras como a da Ucrânia e a de Gaza também pode ter balançado os eleitores para o lado de Trump. Enquanto Kamala, vice de Biden, titubeou sobre o assunto, o republicano se mostrou um candidato “anti-guerra” e prometeu, sem dizer como, acabar com os dois conflitos.
3 – Imigração no foco de Donald Trump
Desde o primeiro mandato, Trump se mostrou contra a imigração, inclusive com medidas efetivas, como a construção do muro na fronteira com o México. Com o discurso de que o governo democrata estaria permitindo a livre entrada de imigrantes, a questão migratória também pode ter impactado os resultados.
4 – Proximidade com o governo Biden
Outro ponto que pode ter favorecido Trump foi a dificuldade de Kamala Harris se desassociar do governo Biden, do qual é vice. Neste caso, entram em jogo as pautas migratórias, econômicas e de apoio a guerras, por exemplo, para as quais Trump representaria uma mudança.
5 – Mudança na candidatura democrata
O curto tempo de campanha também pode ter dificultado as coisas para Kamala. Após debates sobre a idade e o estado de saúde de Biden, ele anunciou a desistência da corrida presidencial em julho, com queda na popularidade. Restou a atual vice-presidente recuperar o tempo e o terreno perdidos pelo aliado.