Cemitério do Bonfim foi inaugurado no mesmo ano de fundação da capital mineira, em 1897, e por mais de 40 anos foi o único da cidade. Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte
Flávia Cristini/ TV Globo
Inaugurado no mesmo ano de fundação da capital mineira, em 1897, o Cemitério do Bonfim foi o único de Belo Horizonte até a década de 1940.
A necrópole é conhecida pelas esculturas dos túmulos e mausoléus e por abrigar obras de arte de estilos diversos. O edifício do necrotério, um dos primeiros imóveis projetados pela Comissão Construtora da Nova Capital, é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG) desde 1977.
Fachada do necrotério do Cemitério do Bonfim
Iepha-MG
Em uma área de 160 mil metros quadrados, o Cemitério do Bonfim, localizado no bairro de mesmo nome, na Região Noroeste de BH, tem mais de 200 mil pessoas sepultadas. Entre elas, algumas personalidades da história da cidade, do estado e do país.
Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, os túmulos mais visitados são de:
Bertha Jaegher: filha de um engenheiro belga, foi primeira pessoa a ser sepultada no Bonfim, em 1897;
Menina Marlene: menina que morreu aos 13 anos, cujo túmulo se tornou local de peregrinação;
Padre Eustáquio: nascido na Holanda, foi um dos três primeiros padres da Congregação dos Sagrados Corações enviados ao Brasil. Morreu em 1943 e foi beatificado em 2006, após o reconhecimento de um milagre de cura de câncer em Belo Horizonte atribuído a ele.
Irmã Benigna: nascida em Diamantina (MG) em 1907, a ela são atribuídos muitos milagres. Em 2022, o Papa Francisco reconheceu as virtudes heroicas da mineira, que morreu em 1981.
Túmulo de Irmã Benigna, em Belo Horizonte
Alex Araújo/ g1
Outras personalidades sepultadas no Bonfim
Olegário Maciel: presidente de Minas Gerais entre 1930 e 1933;
Raul Soares: ministro da Marinha em 1919 e presidente de Minas Gerais entre 1922 e 1924;
Bernardo Pinto Monteiro: senador entre 1911 e 1923;
Francisco Silviano de Almeida Brandão: eleito vice-presidente da República em 1902, morreu antes de tomar posse;
Benedito Valadares: governador de Minas Gerais de 1935 a 1945;
Julia Kubitschek: mãe do presidente Juscelino Kubitschek;
Carlos Flávio: filho de Carlos Drummond de Andrade;
Roberto Drummond: jornalista e escritor;
Milton Campos: governador de Minas Gerais de 1947 a 1951;
Fernando Brant: compositor e escritor, um dos fundadores do Clube da Esquina.
Fernando Brant
Myriam Villas Boas / Divulgação
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