Defesa Civil Municipal interditou 24 casas após enchente e monitora outras 25 no município. Famílias com 27 pessoas devem ser levadas para aluguel social. Equipes do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil de Brasileia acompanham volta para casa das famílias
Arquivo/Defesa Civil Municipal
Mesmo com a vazante do Rio Acre, três famílias com 27 pessoas seguem em um abrigo na cidade de Brasiléia, interior do estado. A enchente deste ano atingiu mais de 2,9 mil famílias com 8,9 mil pessoas.
Deste total, segundo a Defesa Civil Municipal, 2.413 famílias ficaram desalojadas, totalizando 8.446 pessoas em casas de parentes ou amigos. Já outras 115 famílias, com um total de 459 pessoas, precisaram ser levadas para abrigos montados pela prefeitura.
O Rio Acre transbordou e atingiu a cota de 11,87 metros na medição no dia 25 de março, quando a prefeitura decretou situação de emergência com validade de 30 dias.
Por conta da enchente, a ponte que liga Brasiléia e Epitaciolândia foi parcialmente interditada no dia 27 de março e só transitavam veículos altos empenhados nas respostas ao desastre.
O manancial começou a vazar na cidade no dia 28 de março. No dia 31, equipes da Defesa Civil iniciaram o trabalho de vistoria das casas para autorizar o retorno das famílias. Logo após, foi dado início à limpeza nas ruas e casas.
“Tivemos aquele cuidado de não deixar as famílias retornarem sem antes verificarmos os imóveis porque muitos deles foram danificados, as casas estavam totalmente sem condições de serem habitadas novamente, paredes rachando. Foi dada uma atenção maior para os abrigos, chegávamos lá, liberávamos o kit de limpeza, as famílias saíam do abrigo, iam na residência, a gente ia junto, verificávamos a parte de vistoria; liberávamos para limpeza, faziam a limpeza e retornavam para o abrigo. Só então, autorizamos o retorno imediato para suas casas”, destacou o coordenador da Defesa Civil de Brasiléia, Emerson Sandro.
Vinte e quatro casas foram interditadas pela Defesa Civil
Arquivo/Defesa Civil de Brasiléia
Ainda segundo o coordenador, 24 casas foram interditadas por não apresentaram segurança para os moradores e outras 25 seguem em monitoração. Os moradores que tiveram as casas interditadas foram para casa de parentes ou de amigos.
Apenas 27 moradores seguem no abrigo e a prefeitura estuda o que devem ser feito para ajudá-las. Na volta para casa, ele diz que as famílias receberam kit de limpeza, colchões e sacolões.
“Estamos assistindo com tudo que é necessário, com parte de saúde, da alimentação, assistência social e estamos fazendo todo esse acompanhamento até resolvermos, de fato, o que faremos com essas três famílias”, frisou.
Equipes da prefeitura seguem com serviços de limpeza e retirada de entulho das casas e ruas
Arquivo/Defesa Civil de Brasiléia
Nesta terça-feira (11), o Rio Acre na cidade marca 4,30 metros. O coordenador afirma que as equipes seguem em monitoração porque os barrancos estão muito úmidos e há movimentação do solo.
“A gente vai observando essas casas, normalmente a gente retorna para verificar, algumas delas têm o barrote e entortam ou afundam. Estamos observando para dar um retorno para as famílias. Estamos ainda no intensivo da limpeza porque os bairros ficaram muitos sujos, casas muito deterioradas, muita mobília estragada”, concluiu.
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Mesmo com vazante do Rio Acre, três famílias que tiveram casas interditadas seguem em abrigo em Brasiléia
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