Candidato à reeleição pelo PSOL foi o terceiro a ser sabatinado pela GloboNews. Guilherme Boulos (PSOL) em sabatina na GloboNews
Reprodução/GloboNews
Em entrevista à GloboNews na noite da quarta-feira (28), o candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos(PSOL) afirmou que, uma vez eleito, já em janeiro de 2025 vai convidar o governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com o presidente Lula e com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para “construir um diálogo sobre segurança urbana em São Paulo”.
“Não se resolve segurança sem apoio do estado, que tem a Polícia Civil, a Militar e a Técnico-Científica, e não se resolve segurança sem o apoio da União, com a Polícia Federal, porque um dos grandes problemas que a gente tem é tráfico de drogas”, explicou.
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“Quando você senta naquela cadeira [de prefeito], você não representa só seu partido, seus ideais, você tem que representar a cidade. Se eu sou candidato a prefeito de São Paulo, é porque estou plenamente disposto a agir dessa maneira.”
Sobre críticas feitas por ele no passado ao PT, ao dizer, por exemplo, que “votar no PT é como voltar à cena do crime”, se referindo a esquemas de corrupção ligados ao partido, o candidato admitiu ter feito críticas, mas afirmou que PSOL e petistas se uniram “para defender o objetivo maior, que era salvar a democracia brasileira, que foi o desafio da eleição de 2022”.
“Primeiro, é importante pontuar uma coisa: o presidente Lula está na Presidência do Brasil, e isso diz muito sobre o que era verdade e o que era mentira nas acusações que foram feitas sobre ele. Todas elas, inclusive, hoje invalidadas pelo STF”, disse.
Questionado se, então, hoje ele faz uma revisão das críticas, tergiversou: “Nunca fiz crítica pessoal ao presidente Lula relacionada a corrupção. Veja: todos os governos da nova República… Te desafio a dizer um em que não houve caso de corrupção. O que não se pode é partidarizar a corrupção como se ela fosse – e isso foi feito no Brasil, lamentavelmente, no escopo da Operação Lava Jato e por parte da imprensa – partidarizar a corrupção como se ela fosse coisa de um partido. É por isso que eu e meu partido defendemos, há muito tempo, uma reforma política como instrumento para que a gente tenha um sistema político mais transparente, mais participativo, menos permeável à corrupção e à confusão entre interesse público e privado”.
Em relação ao urbanismo, o psolista afirmou que planeja fazer uma nova revisão do Plano Diretor Estratégico da cidade, ainda que a última tenha sido sancionada há pouco tempo, em janeiro deste ano, e não haja previsão em lei de uma atualização.
O candidato criticou a especulação imobiliária e o grande processo de verticalização pelo qual a cidade passou nos últimos anos.
“Pretendo abrir uma discussão com a cidade de São Paulo e com a Câmara Municipal para que a gente faça uma nova revisão do Plano. O eixo estruturante pegava um raio em relação a corredores de ônibus e estações de metrô e permitia uma verticalização maior com menos vagas de garagem. Isso foi subvertido pelo mercado imobiliário – aliás, por meia dúzia de grandes construtoras que hoje estão mandando na Prefeitura de São Paulo, e que comigo não mandarão”, destacou.
“Eu não sou contra a construção civil, estive com o Secovi, estive com vários deles. Agora, qualquer cidade do mundo tem regra, planejamento”, ponderou.
Boulos é o terceiro a participar da série de entrevistas da GloboNews com os candidatos a prefeito da capital paulista no “Central das Eleições”. As sabatinas são conduzidas por Natuza Nery. Acontecem ao vivo, começam às 22h30 e têm 1h30 de duração.
Os comentaristas Gerson Camarotti, Julia Duailibi, Andréia Sadi, Daniela Lima e Mônica Waldvogel fazem perguntas aos candidatos.
Datas das demais entrevistas:
Quinta (29): José Luiz Datena (PSDB);
Sexta (30): Tabata Amaral (PSB).
Candidatos à Prefeitura de São Paulo são entrevistados esta semana na GloboNews
Divulgação
Onde ver
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GloboNews entrevista candidatos a prefeito do Rio e de São Paulo
Boulos diz à GloboNews que, se eleito, quer se reunir com Tarcísio para tratar de segurança e planeja nova revisão do Plano Diretor
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