Milícias da região entram frequentemente em confronto, pois área é rica em ouro. Mais de 40 pessoas morreram nesta sexta-feira (14) em ataques contra três vilarejos na província de Ituri, nordeste da República Democrática do Congo. As agressões foram atribuídas a uma milícia comunitária, a Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo (Codeco).
“Em Kilo Etat foram encontrados 36 corpos, em Matate oito e em Itandei ainda não tenho números”, disse Innocent Matukadala, chefe do setor administrativo da vila Banyali Kilo.
A Codeco, que conta com milhares de homens, apresenta-se como defensora da tribo Lendu frente a tribo rival Hema, defendida por outra milícia, os “Zaire”.
Segundo fontes dos serviços de segurança, esses massacres poderiam ser represálias a um ataque dos Zaire contra três líderes da Codeco há três dias.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, estimou em um relatório publicado no fim de março que 485 civis morreram entre 1º de dezembro e 14 de março na província de Ituri devido aos enfrentamentos entre as milícias que atuam nessa região, que é rica em ouro.
O governo declarou estado de sítio em Ituri e na província vizinha de Kivu do Norte em 2021, em uma tentativa de conter a violência desenfreada das milícias no vasto leste rico em minerais do país. No entanto, os assassinatos e a atividade rebelde não mostraram nenhum sinal de diminuição.
Novos massacres na RD do Congo deixam mais de 40 mortos
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