Entre 2019 e 2022, estado contabilizou 144.030 pessoas tratadas via Sistema Único de Saúde (SUS), segundo balanço do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Maio é o mês de combate ao distúrbio. Exame de glaucoma
Divulgação/Viviam Silva/PMM
O estado de São Paulo contabilizou, entre os anos de 2019 e 2022, 144.030 pacientes que realizaram tratamento via Sistema Único de Saúde (SUS) contra o glaucoma, doença apontada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a que mais causa cegueira irreversível no mundo.
O levantamento foi realizado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia neste mês de combate ao distúrbio e deve ser apresentado nesta segunda-feira (15), mas a EPTV, afiliada da TV Globo, obteve os dados com antecedência.
O total de tratamentos nos últimos quatro anos em São Paulo significa que, em média, 96 pacientes por dia realizaram algum procedimento no estado para evitar a progressão da doença.
Já em todo o Brasil, no mesmo período, o balanço aponta que 1,2 milhão de pessoas foram tratadas e evitaram o risco de perder a visão.
Os responsáveis pelo estudo ponderam, no entanto, que esses números podem ser ainda maiores, já que algumas cidades não inserem corretamente os registros no sistema do Ministério da Saúde.
Quais são esses tratamentos?
Cristiano Caixeta Umbelino, presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, explica que o SUS oferece todos os tipos possíveis de tratamento contra o glaucoma.
“Nós temos a disponibilidade dos colírios para o tratamento, a gente também tem no SUS um laser, que é a fototrabeculoplastia a laser, e também temos os procedimentos cirúrgicos. Portanto, todos os pacientes têm acesso integral aos tratamentos para o glaucoma no Sistema Único de Saúde”, destaca.
O que é o glaucoma?
No glaucoma, a pressão do olho aumenta e danifica o nervo óptico, que é responsável por levar as informações captadas pela retina até o cérebro. O problema não tem cura, mas pode ser controlado para que não leve à cegueira total.
No caso da pressão intraocular, o valor considerado normal varia entre 12 e 18. O paciente que tem glaucoma vai perdendo a visão periférica, sem qualquer outro sintoma.
Grupos de risco
pessoas com mais de 40 anos com histórico familiar da doença;
população de etnia africana ou asiática;
indivíduos que sofreram lesões físicas no olho;
quem usa excessivamente medicamentos à base de corticoides e outras condições médicas.
Tratamento e prevenção
Embora não tenha cura, o glaucoma, na maioria dos casos, pode ser controlado com tratamento adequado e contínuo, fazendo com que a perda da visão seja interrompida. Na maioria dos casos, é necessário o uso diário de colírios para controle. Mas também há tratamento com aplicação de laser ou procedimento cirúrgico.
Para prevenir a doença, além de uma alimentação equilibrada e a prática de atividades físicas, é fundamental consultar o médico oftalmologista regularmente.
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