Homenageado tantas vezes em vida, Roberto será celebrado mais uma vez após a morte. Ao todo, ele marcou 150 gols em campeonatos brasileiros. Artilheiro do Brasileirão 2024 vai receber o Troféu Roberto Dinamite
O Campeonato Brasileiro de Futebol começa neste sábado (13) e com uma novidade: um prêmio especial para o jogador que marcar mais gols.
Há 70 anos, nascia o maior artilheiro dessa competição. Sinônimo de gol, de Vasco, Roberto Dinamite.
Homenageado tantas vezes em vida, Roberto será celebrado mais uma vez após a morte. A partir da edição de 2024, vai dar nome ao troféu de artilheiro do Brasileirão. Ao todo, ele marcou 150 gols em campeonatos brasileiros. Também foi o maior goleador em duas edições isoladas: as de 1974 e 84. É difícil encontrar por aí um atacante indiferente a um prêmio assim.
“Em 2021, eu quase fui, cara. Por um período ali na competição eu fui artilheiro, mas aí depois o Hulk… Está louco (risos), esse cara é absurdo”, conta Yuri Alberto, atacante do Corinthians.
Nessa época, o Yuri Alberto, hoje no Corinthians, estava no Internacional. Já o Hulk, artilheiro daquele Brasileirão, segue a rotina de gols pelo Atlético Mineiro. No entanto, o artilheiro do Brasileirão de 2023 foi o companheiro de ataque dele no Galo: Paulinho. De flecha em flecha, ele fez 20 gols. Por sinal, um atacante revelado pelo Vasco.
“Clube onde eu dormi, estudei, comi, fiz tudo, né? Quase dez anos lá e vivenciando uma linda história. É um clube que sempre revelou, que sempre mostrou muitos bons jogadores, e graças a Deus eu pude ser um deles para entrar para a história do Brasileirão aí”, diz Paulinho, atacante do Atlético-MG.
Três dos quatro maiores artilheiros da competição foram formados no Vasco: além do Roberto Dinamite, Romário e Edmundo. Entre os jogadores que seguem na primeira divisão, quem tem mais gols está com 109: Gabigol, do Flamengo, atualmente suspenso por tentativa de fraude em exame antidoping.
Bater o recorde do maior artilheiro da história dos campeonatos brasileiros ainda é uma realidade muito distante de qualquer atacante em atividade, mas a inspiração em Roberto Dinamite pode ajudar os jogadores atuais a romperem a barreira dos mil gols em uma edição de Brasileirão. Faz tempo que isso não acontece, desde 2011.
De 2006 para cá, quando a série A passou a ter 20 clubes, apenas cinco edições tiveram mais de mil gols, com destaque para o recorde na temporada de 2009: 1.094 gols. O pior ano foi 2018, com 827 gols. Em 2023, foram 946.
“Os times mais compactos, menos espaços, times mais equilibrados, preocupação defensiva dos treinadores e, realmente, a falta de talento. Não temos mais camisas 10, produzimos poucos centroavantes”, comenta ex-jogador Roger Flores.
Por isso, algumas soluções vêm de fora. O argentino Flaco Lopez, do Palmeiras, já marcou 11 gols nesta temporada. Resultado de muito trabalho com o técnico Abel Ferreira.
“Ele me ensina muito a me esconder da marca dentro da área que é o mais difícil para um centroavante, se esconder ali no lugar do ouro, onde estão os gols”, conta Flaco Lopez.
Curiosamente, apenas dois jogadores estrangeiros foram artilheiros do Brasileirão. O uruguaio Pedro Rocha, pelo São Paulo, em 1962, e o argentino German Cano, pelo Fluminense, em 2022.
“E tomara que a gente quebre isso e nesse campeonato de 24 a gente possa passar dos mil gols”, acrescenta Roger.
O caminho da eternidade está aí para todo mundo ver e seguir.
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