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Sobe para 11 número de ocorrências contra nutricionista acusado de violação sexual de pacientes em Viamão


Rhuan de Andrades Hoppe foi preso no final de fevereiro e solto no começo deste mês. Ele responde pelos crimes em liberdade. Nutricionista Rhuan de Andrades Hoppe, acusado de violação sexual mediante fraude em Viamão
Reprodução/Redes sociais
Mais três mulheres procuraram a Polícia Civil para dizer que foram vítimas de abusos sexuais supostamente praticados por um nutricionista durante consultas em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Com isso, Rhuan de Andrades Hoppe, de 27 anos, passa a responder por crimes cometidos contra um total de 11 mulheres.
O advogado que defende Hoppe afirma que o seu cliente é inocente. “A defesa irá demonstrar com clareza a inocência do acusado Rhuan de Andrades Hoppe, complementando a manifestação escrita com as demais provas a serem produzida”, diz Arlei Vitorio Steiger.
Hoppe chegou a ser preso no dia 24 de fevereiro, mas foi solto em 4 de abril por determinação judicial. De acordo com a 3ª Vara Criminal da Comarca de Viamão, a decisão se justifica por ele não oferecer ameaça aos envolvidos no caso ou ao andamento do processo. Além disso, ele é réu primário, ou seja, não teria cometido nenhum crime anteriormente.
No entanto, para que possa continuar respondendo ao processo em liberdade, não poderá ter contato com os envolvidos no caso, como vítimas de assédio e testemunhas, além de haver necessidade de comparecer mensalmente à 3ª Vara Criminal da Comarca de Viamão e manter seus dados pessoas atualizados, bem como endereço.
No dia 10 de fevereiro, o Ministério Público (MP) apresentou à Justiça denúncia contra ele. Na época, a investigação policial dava conta de crimes praticados contra seis pacientes.
Nutricionista sendo preso por violação sexual em Viamão
Reprodução
O caso
Segundo o MP, o nutricionista teria cometido os crimes repetidamente entre 2020 e 2022. A denúncia aponta que, durante consultas, ele pedia que as pacientes tirassem suas roupas para que ele pudesse tirar medidas dos corpos delas. Então, o acusado, conforme o MP, apalpava as partes íntimas delas.
Conforme o Código Penal, o crime prevê reclusão de dois a seis anos. A punição pode ser aumentada em razão do número de vítimas identificadas, dentro dos parâmetros legais.
Relatos
Uma paciente, que prefere não ser identificada, fez uma consulta com o nutricionista em fevereiro de 2020. Foi na hora de tirar as medidas do seu corpo que o incômodo aumentou. O acusado teria pedido que ela tirasse a peça de roupa que cobria os seios.
“Eu lembro que virei de costas pra ele, para tirar o ‘top’. E aí ele me ajudou tirar o top, e eu fiquei com as mãos sobre os peitos, sobre os seios. Aí, ele começou a tirar assim. Ele vinha muito perto de mim, muito em cima, e eu ia cada vez mais pra trás. E aí ele disse: ‘pode tirar os braços, teus seios são bonitos, não precisa ter vergonha'”, relata.
A RBS TV teve acesso aos depoimentos de pacientes. Uma das mulheres relatou que o homem teria pedido que ela virasse de costas e feito elogios ao corpo dela. Depois, o suspeito teria perguntado se a mulher tinha silicone nos seios, pedido para ver e passado as mãos nos seios dela. Nesse momento, ela conta ter dito “chega” e se retirado.
Outra mulher relatou que o suspeito teria pedido para ver seus seios e, em seguida, os apalpado. Ela também disse que o nutricionista teria ficado apalpando seus quadris e nádegas por vários minutos.
Uma outra mulher relata que tomou coragem de procurar a polícia depois de assistir às denúncias na TV. Conforme a paciente, o nutricionista usou palavras inapropriadas e tocou o corpo dela.
”Ele queria que eu levantasse o top pra ele, alegando que eu tinha estrias no meu seios, que eu tinha muita flacidez”, relata.
Paciente que relatou caso de violação sexual contra nutricionista em Viamão
Reprodução/RBS TV
A investigação policial, depois confirmada pelo MP, sustenta que o nutricionista atendia em academias de Viamão e em seu consultório particular.
“Elas relatam um comportamento extremamente inadequado da parte dele, para dizer o mínimo. Então, na hora de fazer as medições, ele não usava do adipômetro [equipamento que mede espessura do tecido adiposo no corpo], ele utilizava as mãos para fazer. Ele tocava em regiões íntimas das mulheres, ele se aproximava de forma que constrangia as mulheres, fazia com que elas sentassem no colo dele”, relata a delegada Marina Dillenburg.
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