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Ibovespa opera em queda nesta sexta, mas caminha para semana positiva


Na véspera, o principal índice do mercado de ações brasileiro recuou 0,40%, aos 106.458 pontos, em dia de ajustes após três altas seguidas. Sede da B3
Amanda Perobelli/Reuters
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em queda nesta sexta-feira (14).
Às, 10h50, o índice caía 0,21%, aos 106.237 pontos. Veja mais cotações.
Na véspera, o Ibovespa teve queda de 0,40%, aos 106.458 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular alta de 4,49% no mês. No ano, no entanto, ainda acumula perdas de 2,99%.

Lula encerra visita à China com assinatura de 15 acordos
O que está mexendo com os mercados?
O Ibovespa interrompeu nesta quinta-feira um ciclo de três altas seguidas, em um movimento de ajuste — ou seja, realização de lucros. Mas, nos últimos dias, conforme aumentaram as perspectivas de corte das taxas de juros aqui e nos Estados Unidos, diminuiu a percepção de risco dos investidores, que partiram para ativos de risco. É uma situação que favorece investimentos em países emergentes, como o Brasil.
As divulgações de índices de inflação do Brasil e dos Estados Unidos foram boas notícias para os agentes do mercado financeiro, que se preocupam com a desaceleração da economia global. Ambos os dados indicam que a subida dos juros está fazendo efeito nos preços, e que poderão ser reduzidos em um prazo mais curto.
O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse nesta sexta-feira que mais um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa de juros pode permitir que o Federal Reserve encerre seu ciclo de aperto monetário com alguma confiança de que a inflação retornará firmemente à meta de 2% do banco central dos Estados Unidos.
Bostic disse sentir que os aumentos agressivos dos juros do último ano só agora estão começando a afetar a economia, o que é um bom motivo para fazer uma pausa para estudar como a economia e a inflação evoluem e tentar limitar os danos ao crescimento e ao emprego. “Há mais a fazer. Acredito que o próximo passo será descobrir quanto mais”, declarou.
“Acredito que o ponto de ‘atingir a marca e segurar’ é ‘atingir a marca e segurar’, a menos que você veja uma tendência inequívoca, de que [a inflação] esteja caminhando de uma maneira desconfortável”, disse.
Nesta sexta, uma série de indicadores da economia americana serão divulgados, o que deve mostrar mais da “temperatura” da atividade.
Na Europa, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, afirmou que inflação na zona do euro continua caindo, mas as pressões de preços subjacentes, impulsionadas pelo rápido crescimento nominal dos salários, permanecerão altas por algum tempo.
“O crescimento salarial historicamente alto, relacionado a mercados de trabalho apertados e compensação pela inflação alta, sustentará o núcleo da inflação ao longo do horizonte de projeção, à medida que retorna gradualmente a taxas em torno de nossa meta”, disse Lagarde em comunicado na reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional.
Já na agenda interna, foco na viagem do presidente Lula à China. O petista e o presidente da China, Xi Jinping, assinaram 15 acordos comerciais e de parceria, nesta sexta-feira (14), em Pequim.
Os termos tratam principalmente de cooperação para desenvolvimento de tecnologias, intercâmbio de conteúdos de comunicação entre os dois países, e ampliação das relações comerciais.
Um dos acordos prevê o lançamento do sétimo satélite na parceria entre Brasil e China: o CBERS-6. Outro destaca um protocolo que deve ser seguido pelos frigoríficos brasileiros para exportação de carne para a China. O Brasil é o maior fornecedor de carne bovina ao país.
Veja aqui a lista de acordos assinados entre Brasil e China.
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