Cidade é a 15ª a receber o projeto que comemora os 20 anos da emissora. Catanduva recebe ‘Caravana 20 Anos’ da TV TEM na praça da Matriz
Prefeitura de Catanduva/Divulgação
Catanduva (SP) é 15ª cidade do noroeste paulista a receber a Caravana 20 Anos da TV TEM. Nesta sexta-feira (14), o projeto também vai passar por Itaí e Ibitinga (SP).
Segundo o historiador e pesquisador Thiago Baccanelli, o município começou a se formar a partir do vilarejo “Cerradinho”, em 1890, época em que houve a compra de terras e a construção da primeira casa de olaria.
“O vilarejo tem algumas hipóteses. A primeira fica dentro desta situação das grandes propriedades que Antônio Maximiano Rodrigues e a esposa adquiriram. A segunda é que, na mesma data, a família Figueiredo também adquiriu terras e deu início às regiões do bairro São Francisco.”
Foto antiga da cidade de Catanduva (SP)
Reprodução/TV TEM
Ainda conforme o historiador, o vilarejo possuía três conglomerados, divididos, posteriormente, entre as cidades de São José do Rio Preto e Jaboticabal (SP).
“Inicialmente, nós tínhamos três conglomerados: a parte de cima do Higienópolis, que já recebia o nome de Catanduva, a outra do São Francisco, e a parte do Centro, que era Vila Adolfo, pertencente a região de Rio Preto.”
Em 1917, o município de Catanduva se constituiu e unificou as regiões dos conglomerados. Logo depois, a chegada da estrada de ferro fez com que a cidade começasse a se desenvolver economicamente.
“Essa situação da estrada de ferro possibilitou um desenvolvimento muito grande. Começamos a ter hospedarias, cinemas, construções. A cidade começou a se irradiar”, diz o historiador e pesquisador Thiago Baccanelli.
Fundação Padre Albino
Além da ferrovia, a chegada do padre Albino possibilitou a projeção do futuro de Catanduva. Segundo o presidente do conselho da Fundação Padre Albino, José Carlos Rodrigues, o religioso chegou à região em 1918, após fugir de uma guerra.
“A história conta que o padre veio de Portugal em razão da guerra em 1910. Ele chegou a Catanduva em 1918, começando a construção da história dele na cidade, além de suas obras”, explica José.
Igreja da Matriz em Catanduva (SP)
Reprodução/TV TEM
Ainda conforme José Carlos, a igreja da Matriz foi a primeira grande obra do padre Albino no município.
“Ele saia pelos sítios, lavouras, fazendas e pedia as coisas. Tudo que conseguia, como galinha, porco, sacas de café, entre outras coisas, transformava em dinheiro para construir a igreja Matriz”.
Santa Casa de Misericórdia
Fundada em 1926 pelo padre Albino, a Santa Casa de Misericórdia conta com 207 leitos para atender moradores de Catanduva e mais 11 cidades do noroeste paulista.
Santa Casa de Misericórdia em Catanduva (SP)
Reprodução/TV TEM
Segundo José Carlos, a criação do hospital se deu a partir da preocupação do padre com os doentes da região.
“Ele encontrou aqui uma situação muito difícil para as pessoas pobres e carentes. Então as pessoas dependiam da caridade e da boa vontade”, conta José.
Solidariedade
Segundo o Prefeito de Catanduva, Osvaldo Oliveira Rosa, o legado deixado pelo padre Albino viabilizou o desenvolvimento de diversas instituições filantrópicas na cidade.
“Catanduva criou uma mentalidade solidária que vem do grande protagonista padre Albino. Também lembro de Benedito Zancaner. Os dois desenvolveram nas pessoas esse desejo de ajudar”, conta o prefeito.
Economia
Além das obras sociais, Catanduva se destaca nos setores da economia, sendo considerada um polo de exportação regional.
Fábrica de ventiladores em Catanduva (SP)
Reprodução/TV TEM
Segundo o gerente industrial Alexandre das Graças, a fábrica de ventiladores é uma das mais antigas da cidade, existindo há 31 anos.
“Potencial muito forte, é uma das maiores empresas da fabricação nacional interna. Ela fabrica desde o motor até a parte final do acabamento”.
Na indústria, Catanduva ainda é referência na safra de cana-de-açúcar, estando presente em 80% das propriedades rurais da cidade.
Setor sucroalcooleiro em Catanduva (SP)
Reprodução/TV TEM
Conforme o gerente de RH João Castro, o setor sucroalcooleiro reúne quatro empresas que, juntas, exportam açúcar e álcool para vários países.
“A expectativa é aumentar o volume, gerar mais empregos e mais receita para o município”, explica João.
Cidade feitiço
Segundo o historiador e pesquisador Thiago Baccanelli, Catanduva é conhecida como “cidade feitiço”. Muitas pessoas não sabem o porquê, mas o profissional explica.
“Esse slogan foi criado na década de 1940 pelo jornalista Nair de Freitas. Ele usou o termo no sentido de expressar todo o acolhimento, toda a receptividade que a cidade tinha para aqueles que chegavam”, explica Thiago.
Basquete
Segundo Natália Burian, presidente e armadora do Bax Catanduva, a cidade também é figura no cenário da revelação de nomes no basquete feminino.
“Você ter um projeto que teve uma Hortência Marcari é um peso muito grande quando o basquete voltou para Catanduva , em 2005”.
Ainda conforme a Nathália, Catanduva coleciona vários títulos na liga de basquete feminina.
“A gente teve grandes momentos desde o início. Em 2008, quando fomos campeãs, foi um marco histórico para gente. Em 2010, conseguimos ser campeãs nacionais”, conta.
Castelinho
Pinacoteca Municipal João Nasser, mais conhecida como “Castelinho”.
Reprodução/TV TEM
Além de ser conhecida como “cidade feitiço”, Catanduva possui outra curiosidade: o Castelinho, uma casa de arquitetura espanhola que ficou abandonada por muitos anos e ganhou o título de “mal-assombrada”.
Desde 2012, o Castelinho abriga a Pinacoteca Municipal João Nasser. Consequentemente, local que antes era mal-assombrado virou patrimônio histórico da região.
“A família Nasser comprou o Castelinho em 1941. Ela viveu um tempo e foi perdendo o interesse. A casa ficou abandonada e foi se deteriorando. De mal-assombrada não tinha nada. É um prédio maravilhoso”, conta Eliana de Oliveira Rosa, responsável pelo atrativo.
Caravana 20 Anos
Localizada a 360 quilômetros da capital paulista, Catanduva fica no noroeste paulista. O município possui uma população estimada em 122.497 habitantes, de acordo com dados do IBGE divulgados em 2021.
A cidade é 15ª a receber a Caravana 20 Anos. A apresentadora do TEM Notícias 1ª edição de Rio Preto, Nilessa Tait vai comandar o telejornal na Concha Acústica, a partir das 11h45.
A Caravana 20 anos será realizada às sextas-feiras, até 6 de maio, dia do aniversário de 20 anos da TV TEM.
“A cada sexta-feira vamos estar em praça pública com o nosso âncora do 1ª edição, ancorando o jornal desse lugar, falando sobre a cidade, a cultura local, enfim, o que a cidade tem para oferecer. Geralmente são cidades que tiveram importância em alguma reportagem ao longo desses 20 anos da TV”, explica o diretor de jornalismo da TV TEM, Osmar Chor.
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