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Sócio de empresa de internet se associou ao tráfico para ter o monopólio no Tirol e na Gardênia, aponta investigação

A investigação aponta que traficantes pretendem criar um monopólio do fornecimento de internet na Zona Oeste do Rio. O sócio proprietário da empresa Faber One, que também usa o nome de Fibra 1, foi preso nesta quinta-feira (13) durante a Operação Rainha 2, que mirava o monopólio do sinal de internet imposto pela quadrilha do tráfico de drogas que invadiu recentemente o Tirol e a Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio.
Policiais da 41ª DP (Tanque) saíram para cumprir seis mandados de busca e apreensão em endereços na Barra da Tijuca e na Freguesia. Não havia mandados de prisão, mas durante as buscas na casa de Estênio Boanarges os agentes encontraram uma arma sem registro.
O empresário foi levado para a delegacia para esclarecimentos e, pela falta de registro da arma, ficou preso. Ele vai responder pelo crime de posse ilegal de arma de fogo.
Os investigadores afirmam que o dono da empresa se associou ao crime organizado e, juntos, estariam montando um monopólio da internet na região.
Expulsão de técnicos de outras empresas, corte de fios e queima de cabos. Esses são alguns relatos que a polícia ouviu durante a investigação.
Um dos técnicos contou aos policiais que chegou para fazer a manutenção em uma rua que todos os moradores estavam sem internet, mas foi impedido pelos bandidos. Os criminosos o ameaçaram dizendo que apenas uma empresa poderia trabalhar ali, segundo o relato.
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De acordo com a polícia, os bandidos fazem até ameaças de morte para moradores que contratem outras empresas de internet.
“As empresas também não estão mais aguentando. Estão saindo. No Santa Maria, no Teixeira, na Tirol, na Covanca, na Muzema, na Tijuquinha, na Gardênia. Em qualquer lugar de Jacarepaguá, só tem uma empresa, assim como o gás, assim como a água”, relata um morador da região.
A estimativa da polícia é de que a empresa já reúne 10 mil clientes, o que totaliza R$ 1 milhão por mês.
A polícia quer identificar todos os envolvidos na organização criminosa e busca descobrir se a empresa também agia em outras comunidades.
Procurada, a defesa de Estênio Boanarges disse que não teve acesso ao processo e não vai se manifestar.

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