Realização de testes em laboratório de Varginha subiu 50%. Já em Passos, procura por exame cresceu entre 30% e 50%. A demanda por testes para identificar possíveis casos de dengue registrou aumento nas cidades de Varginha e Passos, no Sul de Minas. O crescimento nas cidades varia entre 35% e 50%. Dois tipos de exames são feitos para comprovar a infecção pela doença.
Em Varginha, conforme levantamento feito pela EPTV, afiliada Globo, foram 930 testes realizados em dois meses, sendo 282 casos positivos identificados. Um laboratório da cidade teve aumento e 50% nos exames desde o início deste mês.
“A gente tinha um caso por mês, uma coleta de sangue com pedido de dengue por mês. Nos últimos meses, por semana a gente chega a colher oito testes de dengue por semana”, explicou o biomédico André Luís Barbosa Pereira.
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Além do aumento de testes em Varginha, Passos também teve crescimento. A cidade teve de 30% a 50% de aumento da procura por exames.
“Nós observamos desde janeiro [o aumento], quando havia um percentual em torno de 20% de positividade nos resultados de dengue. Agora, em abril, esse percentual já se elevou para cerca de 35%. Isso é explicado, de alguma maneira, porque nós vivemos uma temporada de chuvas, embora já estejamos no outono, e o acúmulo de água é muito propício para a reprodução do vetor do agente transmissor da dengue, que o mosquito”, comentou Wilson Shcolnil, que é presidente do Conselho de Administração da Abramed.
Dengue: Varginha e Passos têm aumento na procura por testes para detectar doença
Reprodução/EPTV
O infectologista Luiz Carlos Coelho destacou que há dois tipos de testes diferentes realizados para identificar a dengue: a pesquisa de NS 1 e a sorologia de IgG e IgM.
“O NS 1, é um teste que precisa ser feito nos três dias de sinais dos sintomas, contados a partir do momento que começou a febre, o mau estar, a dor no corpo. Passados esses três dias, não podemos mais fazê-lo, se não irá dar falso negativo. Ai temos que esperar o sexto dia em diante para fazer a sorologia. Desta forma, vai dar positivo, comprovando o caso de dengue”, pontuou.
O infectologista alertou, ainda, sobre os quatro sorotipos de dengue em circulação no estão de Minas Gerais. De acordo com o especialista, uma pessoa contaminada pela dengue fica imune ao sorotipo em que foi infectada. Ele alerta, no entanto, que o mesmo paciente fica exposto aos outros três.
“Não existem características diferentes de sinais e sintomas entre esses sorotipos. Simplesmente são vírus mutantes diferentes. O que acontece é que a pessoa que pega a dengue por um desses vírus, ela só fica imune a ele para o resto da vida. Então, a partir do momento que fica imune a ele, fica exposta aos outros três. Como em Minas Gerais temos todos os sorotipos de dengue circulando, é importante que a pessoa, mesmo que tenha tido dengue, é importante se atentar aos sintomas, pois pode ter uma gravidade maior em caso de reinfecção”, disse.
Dengue no Sul de Minas
O Sul de Minas ultrapassou, esta semana, a marca dos 20 mil casos prováveis de dengue em 2023.
Conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), a região contabiliza 20.994 infecções e sete mortes pela doença.
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