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Garimpeiros reclamam de ações de fiscalização: ‘Precisamos sustentar os nossos filhos. É só isso que sabemos fazer’

Profissão Repórter foi a local em que agentes da PRF sofreram ataque em novembro do ano passado para saber como estão as coisas por lá e conversou com garimpeiros. Revoltados com o aumento da fiscalização, eles seguem cobrando a legalização da atividade na região. Garimpeiros reclamam de ações de fiscalização: ‘Precisamos sustentar os nossos filhos’
Em novembro do ano passado, policiais rodoviários federais foram atacados por manifestantes revoltados que faziam um bloqueio na BR-163, na altura de Moraes de Almeida, distrito de Itaituba, no Pará. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, eles tacaram pedras e cadeiras nas viaturas e pediram a legalização de garimpos da região.
Viajando pela estrada para mostrar os problemas no entorno dela e para acompanhar ações de fiscalização do ICMBio, o Profissão Repórter foi ao local para saber como estão as coisas por lá após seis meses e conversou com garimpeiros. Revoltados com o aumento da fiscalização, eles seguem cobrando a legalização da atividade por lá.
“A gente estava pedindo o direito de trabalhar, porque nós temos família. Somos garimpeiros, precisamos sustentar os nossos filhos. É só isso que sabemos fazer”, argumentou um deles, Roni Carvalho.
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Carlos Roberto do Santos, outros dos garimpeiros que conversam com Caco Barcellos, reclamou das operações e disse que o garimpo sustenta todos na região:
“Chega um monte de policial armado, com metralhadora… Lá sustenta a menina que trabalha no cabaré, o dono da cantina e mais a família do povo em volta”.
No posto de combustíveis onde os dois foram ouvidos, a equipe do programa também encontrou uma banca de venda de relógios, todos de ouro. O preço? R$ 1.500 ou 10 gramas de ouro. A história contada pelo vendedor, Reginaldo Barbosa, mostra o ambiente de violência que envolve o garimpo clandestino.
“Ganhei uma moto no garimpo, na rifa. Andei 1.800 metros, o bandido veio: ‘Ei Rapadura, é assalto’. Aí eu disse: ‘Já que é assalto, toma também’. Ele caiu para um lado e eu cai para o outro. O bandido atirou na minha barriga e eu acertei a nuca dele. Ele morreu e eu estou aqui. Minha vida hoje é vender esses relógios para conseguir R$ 15 mil para fazer cirurgia. Tem três anos”, contou ele, mostrando as marcas de tiro que tem pelo corpo.
Assista ao programa completo:
Edição de 11/04/2023 – Pra Onde, Brasil – Centro-Oeste

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