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Unidade da Hemobrás que produzirá medicamento para hemofilia fica pronta em outubro, diz Humberto Costa


Segundo o senador, que participou de uma audiência pública na Câmara de Vereadores do Recife, Hemobrás será capaz de produzir o Fator VIII recombinante inteiramente no Brasil. Fábrica da Hemobrás, em Goiana
Reprodução/TV Globo
Após uma audiência pública realizada para discutir o futuro da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), o senador Humberto Costa (PT) disse, nesta segunda (24), que a unidade da fábrica da empresa responsável pela produção de um medicamento usado no tratamento da hemofilia – o Fator VIII Recombinante – será concluída em outubro deste ano.
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Presidente da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, Humberto Costa e outros integrantes do colegiado conduziram uma reunião na Câmara de Vereadores do Recife para debater a situação da estatal, criada para produzir e fornecer ao Sistema Único de Saúde (SUS) as medicações que têm como matéria-prima o plasma, um dos componentes do sangue.
“Está tendo uma transferência de tecnologia via engenharia genética. Isso vai ficar pronto em outubro. E o Brasil vai ter condições de produzir esse fator, que é muito caro”, informou.
Procurada pelo g1, a Hemobrás afirmou que, embora a unidade fique pronta em outubro, ela só deve começar a produzir o medicamento depois que passar por um processo de validação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que inclui treinamento de pessoal e testagem dos produtos.
A empresa prevê que todo esse processo seja concluído entre 2024 e 2025.
O Fator VIII Recombinante é um dos medicamentos que serão produzidos na fábrica da Hemobrás.
Pela manhã, o senador fez uma visita às instalações da unidade, que está sendo construída em Goiana, na Zona da Mata Norte do estado.
De acordo com a Hemobrás, a fábrica será capaz de produzir duas substâncias, processadas de formas diferentes:
os hemoderivados, feitos a partir do plasma humano obtido por meio de doações de sangue, que são utilizados no tratamento de diversas doenças – incluindo deficiências imunológicas, Aids e insuficiência renal;
o Fator VIII Recombinante, medicamento criado em laboratório, por meio de engenharia genética, com base no Fator VIII – uma proteína natural presente no sangue e que atua na coagulação sanguínea, evitando hemorragias.
Pacientes hemofílicos não têm essa proteína. Por isso, sofrem com sangramentos prolongados, que podem levar à morte ou causar sequelas e deformidades.
Atualmente, apenas o primeiro bloco da fábrica, responsável pelo armazenamento do plasma, está em operação. Segundo a Hemobrás, a previsão é que o parque industrial comece a funcionar plenamente em 2025.
Hemoderivados
O senador Humberto Costa disse ainda que, além da fabricação do Fator VIII Recombinante, a empresa estatal vai avançar, nos próximos anos, na conclusão das unidades da fábrica responsáveis pela produção dos hemoderivados.
“Hoje manda-se o plasma para uma empresa, que fraciona e envia de volta para o Brasil os produtos do fracionamento do sangue. A partir de 2024 até 2026, a Hemobrás terá a condição de fracionar todo o plasma para obter esses derivados que funcionam como medicamentos para várias doenças”, explicou o senador Humberto Costa.
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