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‘A grande família’: encontro reúne mais de 100 parentes de 8 gerações no interior de SP


Reunião ocorreu em Cafelândia (SP), após membros do grupo terem recriado a árvore genealógica. Ator André Tristão, da novela Pantanal, foi até o interior de SP para participar do encontro familiar. Família realiza encontro de 8 gerações em Cafelândia (SP)
Arquivo Pessoal
Um encontro reuniu 120 pessoas e oito gerações de uma mesma família, em Cafelândia, no interior de SP. A reunião ocorreu no sábado (8), em meio ao feriado da Páscoa, após membros do grupo terem recriado a árvore genealógica da família.
Entre bisnetos, netos, filhos, mães, pais, avós, bisavós, tataravós, a confraternização, realizada na Quadra de Esportes Lar Rosália, contou até com a presença de André Tristão, ator que participou da novela Pantanal e descobriu ser um dos integrantes dessa árvore genealógica.
Para chegar a esse incrível número, reunindo pessoas de todos os lugares do Brasil, o trabalho de pesquisa ficou a cargo de André Felipe Silva Rodrigues, um dos membros da família, de apenas 21 anos. Morador de Catalão (GO), o jovem queria entender melhor a sua própria origem.
“A ideia surgiu por já ter ouvido minha avó falar dos familiares, eram tantos parentes que eu não conseguia entender as relações. Eu fiquei sabendo que já tinham tentado fazer a árvore no papel, mas não deu certo e descobri que existiam sites pra fazer isso, então, pra entender e conhecer a família, resolvi fazer a árvore”, conta.
Ator André Tristão foi até Cafelândia para participar de encontro de gerações da mesma família
Arquivo Pessoal
E assim ele descobriu que a origem da família “Jeronymo” é parecida com a de outros milhões de brasileiros: a imigração europeia no início do século 20.
O patriarca da família, Miguel Jeronymo Guerrero, bem como a matriarca Bárbara Parra Parra, chegaram ao país ainda crianças, ambos da Espanha. Eles desembarcaram no Brasil, enquanto ele com 8 anos, ela tinha apenas 1 ano, e aqui estabeleceram raízes no Estado de SP.
“Pouco se sabe sobre a história da chegada da família do Miguel ao Brasil, o que se sabe é sua família chegou no mínimo em setembro de 1912, isso porque existe um documento mostrando que sua família morou em Santo Amaro (Bahia) por 13 meses e depois foram para Santos (São Paulo)”, explica.
Árvore genealógica da família de Cafelândia tem quase 12 metros de comprimento
Arquivo Pessoal
“Agora, sobre a história da chegada da família de Bárbara Parra Parra, muito foi descoberto. A partir desta pesquisa, foi possível descobrir o nome dos avós da Bárbara Parra Parra e até mesmo o nome de seus bisavós. Sua família saiu da Espanha pelo porto da cidade de Valência no dia 26/03/1906 pela embarcação à vapor “Les Andes” e chegou no Brasil pelo porto de Santos no dia 19/04/1906, logo, a viagem demorou menos de um mês, foram apenas 24 dias”, complementa o pesquisador.
O que esse casal, que se casou em 1924 e viveu junto por 62 anos, jamais poderia imaginar é que, pouco mais de um século depois, os frutos dessa viagem seriam uma vasta família tipicamente brasileira. Miguel morreu em 1986.
Patriarca e matriarca da família viveram 62 anos juntos
Arquivo Pessoal
Deborah Paula Guerreiro, de 45 anos, é neta desses primeiros membros “brasileiros”. Ela conta que a escolha pela cidade de Cafelândia para reunir o grupo está intimamente ligada ao estabelecimento dos avós no município.
“Nossos avós cresceram em Cafelândia, nossa família é muito tradicional na cidade, uma das fundadoras e acabou se espalhando, com filhos indo estudar em outros estados. Mas a maioria dos descendentes dos irmãos dos nossos avós ainda estão em Cafelândia e, por isso, sempre que possível o pessoal vem a Cafelândia visitar os parentes”, conta.
Miguel Jeronymo Guerrero, patriarca da família, é nome de rua em Cafelândia
Arquivo Pessoal
O ator André Tristão, por exemplo, é um desses exemplos. Morador de Campo Grande (MS), ele foi até o interior de SP para participar do encontro familiar. Na novela da Rede Globo Pantanal, André foi uma das vítimas da sucuri na novela, que era a versão animal do Velho do Rio, vivido por Osmar Prado.
No local, ele pode retroceder oito gerações e encontrar uma árvore de cerca de 12 metros. Nela, o membro mais velho atualmente é Luzia Jerônimo Bezerra, de 89 anos, enquanto o mais novo é Ítalo Bueno Marques, que completou seis meses.
Luzia Jerônimo Bezerra, membro mais velha, e no seu colo, Ítalo Bueno Marques, membro mais novo da família
Arquivo Pessoal
Para Deborah, a reunião proporcionou reencontro com memórias que muitas vezes ficam perdidas com o passar dos anos.
“Foi extraordinário. Ver renascer lembranças, memórias, surgir lágrimas. Muito bom e interessante ver os parentes que nossos avós e tios sempre mencionavam, além disso ver como a partir de um casal em 120 anos várias pessoas nascem. Temos advogados, engenheiro, mecânico, ator, confeiteira. Somos uma ótima representação do Brasil”, diz Deborah.
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