Mãe identificou corpo com machucados graves no IML. Agente da ViaMobilidade afirmou que a vítima estava perto de via férrea e foi levada para sala, onde Samu confirmou o óbito. Luan foi encontrado gravemente ferido na linha férrea em São Paulo
Reprodução/TV Globo
A Polícia Civil investiga como suspeita a morte de um rapaz de 22 anos que foi encontrado na Linha-9 Esmeralda, perto da plataforma da estação Cidade Universitária, no dia 5 de abril.
No atestado de óbito consta que a causa da morte foi politraumatismo por agente contundente. O documento não traz o horário da morte.
Luan de Oliveira Araújo morava com a avó, em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Mãe e filho, que vendia balas na linha, costumavam trocar mensagens diariamente.
Homem é encontrado morto perto da plataforma da linha-9 Esmeralda
Em 5 de abril, Luan foi encontrado morto dentro do terreno da estação, na Zona Oeste da cidade de São Paulo.
O boletim de ocorrência foi registrado como morte suspeita, e o agente de segurança da ViaMobilidade, responsável pela gestão da linha, informou que fazia ronda nas dependências da estação por volta das 6h50 quando visualizou, caído na lateral da via férrea, um corpo de um homem branco com ferimento na cabeça.
O agente disse que a vítima não trazia nenhum documento e que imediatamente o fato foi informado ao centro de controle. Ele contou que o corpo foi retirado e levado para uma sala nas dependências da estação.
Ainda segundo ele, o Samu foi chamado e constatou que Luan estava sem vida. O agente afirmou na delegacia que nenhuma ocorrência foi comunicada ao centro de controle e que nenhum maquinista relatou atropelamento.
‘Lutou para não morrer’
A família de Luan só soube da morte dele em 10 de abril, quando o corpo foi identificado pelas digitais. A avó disse que logo depois do enterro recebeu uma mensagem pelo celular de um amigo dele para a família.
“O outro moleque que vende no trem mandou a gente fazer boletim, [disse] que quem mantou o Luan foram os guardas da estação”, afirmou a mãe, Ana Lúcia de Oliveira.
A mãe disse que estranhou as marcas que viu no filho quando esteve no Instituto Médico Legal (IML).
“Marcas na mão. Lutou muito para não morrer. O nariz quebrado, a boca quebrada. Meu filho não merecia morrer assim, ele nunca fez mal a ninguém, nunca, só peço justiça.”
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública disse que exames periciais foram solicitados, e os laudos estão sendo elaborados.
Também em nota, a ViaMobilidade informou que colabora integralmente com as investigações e que está à disposição das autoridades policiais para prestar os esclarecimentos necessários.
Polícia investiga morte de jovem de 22 anos encontrado com politraumatismo na lateral de via férrea em SP
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