• New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

Polícia prende ex-vice-prefeito do ES suspeito de matar a esposa com tiro no peito


Celio Martins Morales, ex-vice-prefeito de Ibitirama, estava foragido. Vanuza Spala de Almeida, esposa de Celio, foi encontrada morta no domingo (16) na residência do casal. Vanuza Spala de Almeida, de 41 anos e o marido e ex-vice-prefeito de Ibitirama, Celio Martins Morales, de 56 anos.
Reprodução/Redes sociais
A Polícia Civil prendeu, manhã desta quarta-feira (19), o ex-vice-prefeito de Ibitirama Celio Martins Morales, de 59 anos, suspeito de matar com um tiro no peito a esposa Vanuza Spala de Almeida, de 41 anos. Ele estava foragido desde terça-feira (11), quando teve a prisão decretada pela Justiça do Espírito Santo.
Compartilhe no WhatsApp
Compartilhe no Telegram
Nesta terça-feira (18), a Polícia Civil informou que estava fazendo diligências para prender o ex-vice-prefeito.
Ao g1, Vanessa Spala de Almeida, de 39 anos, única irmã de Vanuza disse que espera que o ex-vice-prefeito continue preso.
“A notícia que a gente mais esperava ouvir, a dor não acaba mas saber que ele foi preso é um sentimento bom que a justiça foi feita. O que ele fez ele tinha que passar o resto da vida na cadeia”, disse a irmã de Vanuza.
O g1 procurou a Polícia Civil para obter mais detalhes sobre a prisão do ex-vice-prefeito, mas não havia obtido retorno até a publicação desta reportagem.
Esta reportagem está em atualização.
LEIA TAMBÉM:
O que se sabe sobre morte de mulher de ex-vice-prefeito do ES
‘Ficava sempre com a arma em cima da mesa’, diz cunhada de ex-vice-prefeito suspeito de matar a esposa com tiro no peito no ES
Justiça decreta prisão de ex-vice-prefeito suspeito de matar a esposa no ES
Mulher de ex-vice-prefeito no ES é encontrada morta e feminicídio é investigado pela polícia
Esposa de ex-vice-prefeito foi encontrada morta no banheiro da residência do casal
Vanuza Spala de Almeida foi encontrada morta com um tiro no peito no banheiro da casa onde morava em Ibitirama, ES.
Arquivo pessoal
Há mais de uma semama, no dia 9 de abril, quando Vanuza foi encontrada morta no banheiro da residência do casal, no interior de Ibitirama, Celio disse a polícia que a mulher tirou a própria vida, porém, a hipótese de suicídio foi descartada durante as investigações pelo delegado Tiago Dorneles em razão da característica do ferimento à bala no corpo de Vanuza e também porque Celio fugiu.
“[A lesão] não é compatível com um tiro à curta distância. O tiro à curta distância deixa uma zona de queimadura pela própria arma de fogo e isso não foi encontrado no orifício de entrada. Isso leva à suspeita de que o tiro não foi causado pelo suicídio e sim a uma distância maior sendo compatível com homicídio”, contou o delegado.
Antes de ter a prisão decretada pela Justiça, Celio compareceu à delegacia acompanhado de um advogado, na segunda-feira (10), mas se reservou ao direito de ficar em silêncio e acabou liberado porque não havia mandado em aberto contra ele e estava fora do período de flagrante delito.
Segundo o delegado Tiago Dorneles, o crime de homicídio qualificado por feminicídio é considerado hediondo e prevê pena de 12 a 30 anos de reclusão com regime inicialmente fechado.
Sonho de ser mãe
A morte Vanuza era considerada pela família uma pessoa carinhosa, sempre próxima da família. Em entrevista ao g1, sua única irmã, a dona de casa Vanessa Spala de Almeida, de 39 anos, disse que o sonho de Vanuza era ser mãe, mas o marido não compactuava do mesmo desejo.
“Desde nova ela sonhava em ser mãe. Estava fazendo tratamento, mas ele falou que não queria ter filhos com ela e que os únicos filhos que ele gostava e ia gostar pra toda vida são os filhos com a ex. Ela sofria com isso. O único sonho que ela tinha era de ser mãe”, contou a irmã de Vanuza.
Nilda Spala Barrada de Almeida, de 71 anos, mãe de Vanuza, disse que desde a morte da filha, ela e o marido, ex-servidor público, Ilson Gomes de Almeida, de 75 anos, estão vivendo em meio ao sofrimento e a saudade.
“Ela era uma menina muito boa, alegre. Nossa vida agora é chorar a noite inteira e o dia todo. Tem sido muito difícil. A cachorrinha dela tá sofrendo aqui. Ele [o pai de Vanuza] chora muito. Estamos tomando calmante depois de tudo que aconteceu”, disse a mãe de Vanuza.
Segundo a irmã, Vanuza tentou se separar algumas vezes de Célio.
“Ela tentou várias vezes vir embora, ele vinha e buscava ela. Ligava pra cá chorando e gritando que não estava aguentando mais. Já ligou pro meu pai e pediu pra mandar o caminhão-baú. Meu pai corria e ela falava que não precisava mais. Contaram que quando ela queria vir embora, ele a arrastava e a levava pra dentro de casa”, contou Vanessa.
Vanessa disse que a família suspeitava que Vanuza era agredida, mas ela nunca contou nada e nem chamou a polícia para o marido.
“Ela não falava nada, mas a gente suspeitava porque ela chegava com umas manchas meio roxas. Chegava aqui e não falava nada, e ele sempre olhando pra ela”, contou a dona de casa.
Em entrevista à TV Gazeta nesta terça-feira (11), Vanessa disse que a irmã também era amedrontada com uma arma pelo cunhado.
“Ficava sempre com arma em cima da mesa pra poder amedrontar ela. Ela limpava a casa com aquela arma no meio da mesa pra ela ter medo. Nunca contava nada. Nunca entrei na casa dela. Quero que ele passe o resto da vida na cadeira. Quero ver ele pagar. Quero justiça”, disse Vanessa.
Com a partida de Vanuza, Vanessa agora tem se dividido entre a casa dos pais e a sua.
O g1 não havia obtido contato do ex-vice-prefeito e sua defesa até a publicação desta reportagem.
VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo
i
Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo

Adicionar aos favoritos o Link permanente.