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Mulher agredida durante 10 anos e esfaqueada pelo ex contou ter sido salva por programa Maria da Penha: ‘luz no fim do túnel’


Vítima de 36 anos é moradora da Zona Noroeste, em Santos, SP. Após muitos episódios de violência física e verbal, o agressor a feriu com golpes de faca, que a levou ao hospital com risco de morrer. Mulher atacada pelo ex- companheiro diz que viu luz no fim do túnel em programa social no litoral de SP
Prefeitura de Santos
Uma mulher de 36 anos quase perdeu a vida após ter sido diversas vezes agredida e cortada com faca pelo ex-marido. Ela o denunciou após 12 anos de relacionamento abusivo. A vítima registrou boletim de ocorrência e conseguiu autorização do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), que a encaminhou para a inclusão no Programa Guardiã Maria da Penha, depois de ter obtido uma medida protetiva na Justiça – que impede o homem de se aproximar dela.
“Hoje, eu sei que não luto sozinha e tenho esperança que vou conseguir vencer meus traumas”.
O g1 conversou com a vítima que é moradora de Santos, no litoral de São Paulo. Ela disse que o casal ficou junto durante 12 anos, entre idas e vindas. “Tivemos dois filhos. Uma menina, com 10 anos, e um menino, de 5. Foi na primeira gestação que as agressões começaram. Ele pensava que por eu estar carregando um filho dele, agora eu seria posse dele”. contou.
Depois de muitos episódios de violência física e verbal, o agressor começou a feri-la com golpes de faca. Em uma das brigas, os ferimentos pelo corpo a levaram para uma unidade de saúde. “Foi tudo muito triste. Eu fiquei muito machucada. Ai eu consegui na Delegacia da Mulher uma medida protetiva contra ele. Eu quase morri, foi por pouco”, contou a mulher.
Com a indicação do MP-SP a vítima começou a ser atendida pelo Programa Guardiã Maria da Penha, que realiza visitas periódicas e mantém contato frequente com a mulher. “Não pensei duas vezes em aceitar fazer parte do projeto. Era a minha única luz no fim do túnel. Eles me ajudam e eu não me sinto tão sozinha como era antes. Além disso, eles fazem visitas frequentes e me sinto mais segura”.
A vítima disse que o primeiro contato com ela foi por telefone. “No dia que o pessoal do projeto veio na minha casa [após agendamento], eles me orientaram sobre tudo e me ouviram bastante”.
Visitas
Os encontros acontecem com a presença de um guarda municipal homem, que aguarda no carro, e uma guarda mulher, que faz o acompanhamento na residência. Durante a conversa, a vítima recebe orientações e preenche um formulário com questões pessoais, sobre o agressor e como está sendo a rotina em casa.
Ainda durante a visita, os agentes conferem se a ordem judicial está sendo cumprida. De acordo com a inspetora-chefe do programa, Solange Vieira, a vítima é orientada sobre os serviços municipais que ela pode utilizar.
“Indicamos que elas procurem assistência nos Centros de Referência Especializados da Assistência Social (Creas), da pasta de Desenvolvimento Social (Seds), onde podem receber acompanhamento de assistentes sociais, passar por atendimento psicológico e serem designadas a abrigos, em caso de risco iminente de morte”, explicou ela.
Programa
O programa Guardiã Maria da Penha foi criado em 2019 com o objetivo de assegurar a integridade física e moral de vítimas de violência doméstica, protegendo-as dos agressores e garantindo o cumprimento de medidas protetivas – ações do Judiciário para impedir que os ex-companheiros que representem ameaça se aproximem e voltem a praticar intimidações ou agressões.
O projeto é uma parceria entre a Coordenadoria de Políticas para a Mulher (Comulher), da Semulher, Guarda Civil Municipal, da Secretaria Municipal de Segurança (Seseg), e MP-SP.
Atualmente, o programa municipal acompanha 111 mulheres, sendo que 477 já foram atendidas. Confira abaixo que o número de atendimentos, de mulheres sob medida vem aumentando.
2019: 46 mulheres
2021: 122 mulheres
2022: 150 mulheres
Denúncias
Denúncias de casos de violência contra a mulher podem ser feitas pela Central de Atendimento à Mulher 180 (ligação gratuita). Para o registro de boletins de ocorrência, a Delegacia de Defesa da Mulher fica na Rua Assis Correia, 50, com atendimento 24 horas. O telefone é 3235-4222.
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