Objetivo é prevenir e combater emergências, sejam elas causadas por atos de violência, desastres naturais ou acidentes; confira ações previstas. Projeto Égide foi lançado nesta terça-feira (18), em Campinas (SP)
Reprodução/EPTV
A Prefeitura de Campinas (SP) lançou nesta terça-feira (18) o Projeto Estratégia Integrada contra Incidentes em Escolas (Égide), com o objetivo de prevenir e combater casos de violência e emergências nas unidades de ensino do município.
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As medidas surgem quatro dias após a criação de um comitê para troca de informações em tempo real sobre a segurança de escolas em Campinas, reunindo as polícias Civil, Militar e Federal, a Guarda Municipal, as secretarias municipais de Educação e Segurança e representantes da Câmara Municipal.
Principais medidas anunciadas
Treinamento de funcionários, alunos e professores para emergências, sejam por ocorrências de violência, desastres naturais ou acidentes
Campanhas de prevenção contra bullying, intolerância, racismo, violência e fake news
Compra e instalação de câmeras de vigilância nas unidades municipais
Projeto de Lei para contratação de psicólogos e assistentes sociais em escolas
Capacitação das comunidades escolar e familiar para acompanhamento de alunos
Treinamentos e campanhas
Segundo a administração municipal, o Projeto Égide também envolve um programa de prevenção chamado ARIES (Alerta, Resposta Orientada, Informação, Evacuação ou Confinamento, com Segurança e Suporte).
Como parte do programa, funcionários, alunos e professores receberão treinamentos sobre como agir em caso de emergências, sejam elas causadas por atos de violência, desastres naturais (como enchentes) ou acidentes.
“É um protocolo de gerenciamento de incidentes escolares que pauta em duas bases: na prevenção, desde uma segurança primária até uma capacitação de funcionários, professores e alunos, em termos de reações em situações de emergência; bem como o envolvimento de planos de segurança que vão nortear, na deflagração de uma emergência, o que fazer, evitando improvisos e que o pânico e o estresse possam até potencializar as ameaças já oferecidas”, explica o subdiretor da Academia da Guarda, Coronel Fagner Alexandre Pompiani.
Também está prevista a realização de campanhas de prevenção sobre temas como bullying, intolerância, respeito às diversidades, combate à violência e às fake news.
Câmeras de vigilância
Além da ampliação do programa “Monitora Campinas” – que integra câmeras de monitoramento do setor privado à Central Integrada de Monitoramento de Campinas (CIMCamp) – às escolas particulares, o prefeito Dário Saadi (Republicanos) também anunciou a compra e instalação de 4.089 câmeras de vigilância em unidades municipais de ensino.
“A previsão [de funcionamento] é no segundo semestre. Iremos transferir para cada escola um valor compatível com as câmeras que aquela escola necessita e a partir do mês que vem, como tem processo de compra, a gente acredita que no segundo semestre estaremos com a central pronta e as câmeras nas escolas”, diz Saadi.
Psicólogos e assistentes sociais
De acordo com a Prefeitura, um Projeto de Lei será enviado à Câmara Municipal para possibilitar a contratação de psicólogos e assistentes sociais nas unidades de ensino do município. O número de profissionais que serão contratados não foi especificado.
“Hoje, contando educação infantil e ensino fundamental, temos 212 escolas. Teremos uma programação, primeiro as escolas com uma avaliação de necessidade maior, e depois vamos avaliando tanto a questão orçamentária, quanto a questão de disponibilidade de recursos humanos para contemplar os psicólogos nas escolas”, explica o prefeito.
Capacitações
O Projeto Égide prevê, ainda, a capacitação das comunidades escolar e familiar para que possam identificar mudanças de comportamentos em estudantes. O secretário municipal de Educação, José Tadeu Jorge, ressalta a importância do envolvimento de profissionais capacitados na avaliação de situações de risco.
“A atenção às pessoas, aos estudantes e à sociedade em geral é algo que qualquer segmento pode fazer. A questão é estar preparado para essa observação e não transformar isso simplesmente num processo de acusar pessoas, só porque elas, de repente, são diferentes. Ficar atento e permitir que pessoas especializadas possam colocar essa atenção para ver se esse tipo de comportamento tem algum risco em potencial”, pontua.
Jorge afirma que as unidades de ensino municipais receberão capacitações dadas pelo Projeto Égide, abordando questões como bullying, combate à violência e estímulo à tolerância, além de orientações para a abordagem desses temas em situações de risco.
“O Projeto Égide vem integrar uma série de programas que já existem na escola, mas principalmente através do foco na possibilidade de como reagir a um acontecimento fora da normalidade. Essa é a novidade do projeto, ele traz o preparo da comunidade escolar para um acontecimento inesperado”, destaca o secretário de Educação.
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