Ao assumir para seu terceiro mandato, Lula (PT) garantiu que o meio ambiente e o clima seriam prioridades na agenda do governo. As primeiras ações na área foram a nomeação de Marina Silva (Rede) para o Ministério do Meio Ambiente, a retomada do Fundo Amazônia e a ação emergencial na Terra Indígena Yanomami contra o garimpo ilegal. Mas os dados do primeiro trimestre apontam que há muito mais a fazer. Você pode ouvir O Assunto no g1, no GloboPlay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Deezer, na Amazon Music, no Hello You ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga O Assunto, para ser avisado sempre que tiver novo episódio.
Ao assumir para seu terceiro mandato, Lula (PT) garantiu que o meio ambiente e o clima seriam prioridades na agenda do governo. As primeiras ações na área foram a nomeação de Marina Silva (Rede) para o Ministério do Meio Ambiente, a retomada do Fundo Amazônia e a ação emergencial na Terra Indígena Yanomami contra o garimpo ilegal. Mas os dados do primeiro trimestre apontam que há muito mais a fazer: de acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o desmatamento na Amazônia e no Cerrado bateu recorde no mês de fevereiro e segue crescendo. Para entender as ações do governo e pensar em modelos de desenvolvimento sustentável, Julia Duailibi conversa com Daniela Chiaretti, repórter especial de meio ambiente do jornal Valor Econômico, e Ricardo Abramovay, professor titular da cátedra Josué de Castro da USP e autor do livro “Infraestrutura para o desenvolvimento sustentável da Amazônia”. Neste episódio:
Daniela explica por que é “complicado reverter a curva de desmatamento”: um dos principais motivos é que hoje, na Amazônia, “existe uma ilegalidade associada ao crime organizado”; soma-se a isso o cenário de “terra arrasada” deixado pelo governo Bolsonaro;
Ela descreve como o ministério liderado por Marina Silva vem tentando recuperar sua capacidade de fiscalização. Um exemplo é o Ibama, que “está com metade dos servidores públicos que tinha no passado” e precisa de treinamento para agir em campo. Daniela também informa quantos milhões de reais o governo federal destinou à pasta;
Abramovay fala sobre o “extraordinário potencial da Amazônia em várias dimensões”, mas aponta que o uso sustentável dessa riqueza, hoje, está abaixo de outros países. Um exemplo é a “capacidade extremamente baixa da pecuária na Amazônia” – atividade que acaba maquiando ocupações ilegais e especulação latifundiária;
Ele explica o que significa a “agenda pós-desmatamento”: é preciso melhorar a assistência técnica aos produtores rurais e melhor aproveitamento dos produtos existentes na Amazônia; e também “beneficiar as cidades e seu potencial de serviços urbanos”.
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O que você precisa saber:
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O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Tiago Aguiar, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Eto Osclighter e Nayara Fernandes. Apresentação: Natuza Nery.
Natuza Nery, apresentadora do podcast O Assunto
g1
O Assunto #942: A reconstrução da área ambiental no pós-devastação
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