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Governo mantém estimativa que economia vai crescer 2,3% em 2024, mas vê inflação chegando a 3,63%

Projeção para o PIB se mantém no mesmo patamar de março, quando o governo havia lançado o último boletim macrofiscal. Mercado financeiro vê crescimento menor para a economia, de 1,30%. O Ministério da Fazenda estimou nesta terça-feira (23) um crescimento de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é usado para medir o crescimento da economia.
A informação consta no Boletim Macrofiscal, divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE).
A projeção é praticamente a mesma em relação à anterior, divulgada pela pasta em março. Na ocasião, a SPE previa um crescimento de 2,34% para o PIB brasileiro.
A previsão do governo, contudo, está acima do previsto pelo mercado financeiro, que acredita que a economia brasileira vai crescer apenas 1,30% no próximo ano. O dado é do Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, que ouve mais de 100 instituições financeiras.
Em nota, a SPE diz que “as políticas de inclusão social, de combate à pobreza e à fome e de redução da inadimplência devem seguir impulsionando o crescimento [da economia], amparadas ainda pelo aumento dos investimentos resultantes do plano de transição ecológica, de parcerias entre o setor público e privado e das medidas para tornar mais eficiente o mercado de capitais”.
Na avaliação da secretaria, o mercado externo também deve ajudar a economia em 2024. “Projeta-se início do processo de flexibilização da política monetária de economias desenvolvidas já em fins de 2023, em resposta ao risco sistêmico, que deve permanecer, e à tendência de desaceleração mais expressiva da atividade e do crédito ao longo do segundo semestre.”
Inflação
O Ministério da Fazenda também estimou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 vai crescer 3,63%.
No último boletim, a expectativa do governo era de que a inflação atingiria 3,52% no próximo ano.
A meta de inflação de 2024, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%
Ou seja, a previsão do governo continua dentro do teto da meta de inflação, mas está se afastando gradualmente do centro da meta, de 3%.
Já pelo boletim Focus, o mercado financeiro estima que a inflação será de 4,13% em 2024.

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