• New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

Idosa bate a cabeça no chão ao apartar briga da filha em surto psicótico dentro de UPA


Filha da vítima alega que a idosa foi agredida e pede imagens de monitoramento para que o responsável seja penalizado. Caso ocorreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, em Santos (SP). Idosa caiu e bateu a cabeça no chão ao apartar briga da filha com outros pacientes em uma UPA de Santos (SP)
Arquivo Pessoal
Uma idosa, de 62 anos, caiu no chão e bateu a cabeça ao apartar uma briga da filha, que estava em surto psicótico, com outras duas pacientes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central de Santos, no litoral de São Paulo. Segundo a família, Marcia Regina de Oliveira foi hospitalizada após apresentar dificuldade para levantar a cabeça.
✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Santos no WhatsApp.
Marcia acompanhava uma das filhas, que estava há dias sem medicação, na unidade de saúde na manhã da última quarta-feira (22). Por conta da demora no atendimento, Renata de Oliveira teve um surto psicótico e discutiu com o controlador de acesso. A informação sobre a condição psicológica dela foi repassada pela família ao g1 e também registrada em boletim de ocorrência (BO).
De acordo com Anna Carolina de Oliveira, a outra filha da idosa, uma paciente que aguardava atendimento na ala psiquiátrica também estava em surto e passou a agredir Renata. A briga foi separada por funcionários da unidade.
Marcia e Renata foram levadas à recepção, onde a filha se envolveu em outra briga, desta vez, com duas mulheres que também aguardavam atendimento. Neste momento, ainda segundo o relato da família, a idosa foi puxada por uma pessoa – não identificada – e caiu no chão.
Anna disse que não estava no local durante o ocorrido e foi informada sobre a situação por meio de uma conhecida, que estava na UPA. A segunda filha de Marcia foi até a unidade e ouviu diferentes versões.
Idosa bate cabeça
Segundo Anna, a primeira versão sobre o caso foi repassada por um paciente, que relatou que o controlador de acesso puxou a idosa durante a briga, o que fez com que ela caísse no chão.
Outra testemunha, porém, teria dito para Anna que o responsável pelo ‘puxão’ foi outro homem. De acordo com o relato, este estava na recepção acompanhado pelas duas mulheres que agrediram Renata.
“Minha mãe está com muita dificuldade de levantar a cabeça, sente tontura, está com a visão turva”, afirmou Anna.
Estado da idosa
Marcia passou por duas tomografias. O médico relatou para Anna que os exames não identificaram nada que demandasse um procedimento cirúrgico na mãe. Mesmo assim, a idosa ficou em observação na unidade porque continua com dores.
“Ela consegue se alimentar muito pouco porque diz que dói a mandíbula. Ela tomou dois socos no olho. [Marcia] me contou isso e [acrescentou que] depois, quando caiu, bateu a cabeça. Ela sente dores nos olhos e fica tonta mesmo deitada”, afirmou Anna.
Segundo a mulher, é preciso aguardar a alta da mãe para levá-la para fazer o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
“O que falta na UPA é segurança porque, no mínimo, independente se a briga tivesse um certo ou errado, tinham duas pessoas em desvantagem ali e o restante tudo em cima. O segurança tinha que conter […] mas já que a UPA não tem segurança, tem um controlador de acesso”, disse Anna.
Em nota, a Prefeitura de Santos informou que o caso será apurado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) junto à InSaúde – organização social (OS) que faz a gestão da UPA Central (veja o posicionamento completo adiante).
Anna disse ter registrado um boletim de ocorrência para que a prefeitura forneça as imagens das câmeras de monitoramento da unidade e, assim, a família descubra quem derrubou Marcia.
“Me sinto fragilizada porque minha mãe sofreu essa queda por um desconhecido […]. Minha mãe vai ter sequelas porque na UPA não tem segurança, tem controlador de acesso”, completou.
A mulher pontuou que espera que a mãe realize uma ressonância magnética, já que as duas tomografias não apontaram anormalidades. Em relação ao surto da irmã, Anna disse que ela não deveria ter sido acompanhada pela idosa, mas sim pelo marido.
“Ela tem os surtos dela e minha mãe, como qualquer leoa, quer defender a própria filha sem ter força física para isso. Agora, está lesionada dentro de uma UPA porque não teve um segurança presente para tirar as pessoas de cima da minha irmã ou amenizar a situação tirando minha mãe e explicando que ela não poderia estar ali no meio”, concluiu.
Caso ocorreu na UPA Central de Santos (SP)
Alexsander Ferraz/A Tribuna Jornal
PM
De acordo com o BO, a Polícia Militar foi acionada e a queda ocasionou hematoma na cabeça da vítima, que permaneceu em observação na UPA Central. Ainda segundo o registro, Marcia fez a tomografia na Santa Casa de Santos.
Em nota, a PM informou que nenhum dos envolvidos quis dar continuidade na ocorrência logo após o controle da situação.
Prefeitura
Segundo o município, a paciente Renata compareceu à UPA acompanhada da mãe e, após a retirada da ficha de atendimento, ambas se envolveram em discussões com outros pacientes que também aguardavam.
A administração municipal informou que a equipe tentou acalmar as discussões, com o objetivo de zelar pela tranquilidade e bem-estar do local. No entanto, de acordo com a prefeitura, a situação evoluiu para empurrões, sendo necessária a intervenção de diversos profissionais.
Segundo o município, apesar da intervenção, Marcia manteve uma discussão com outro paciente e, após troca de empurrões, acabou sendo derrubada ao chão, resultando em um breve período de inconsciência.
Marcia foi atendida pela equipe de enfermagem e, após piora do quadro, transferida à Santa Casa para avaliação neurológica, onde fez tomografia que não identificou anormalidades, sendo orientada retornar à UPA para observação neurológica, ainda de acordo com a prefeitura.
A administração municipal informou que Marcia aguarda a realização de uma nova tomografia. Já Renata, segundo a prefeitura, evadiu-se da UPA por volta das 22h de quinta-feira (22).
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que prioriza o atendimento humanizado nas unidades e acrescentou que abrirá sindicância para apurar eventual agressão à paciente para, em caso de irregularidade, adotar medidas cabíveis.
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos
Adicionar aos favoritos o Link permanente.