Mesmo com o sepultamento, o Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) mantém um banco de dados com todas as informações sobre os corpos para um possível reconhecimento posterior, caso surjam familiares. É possível ir ao IML de Manaus para tentar identificar familiar morto, mesmo após sepultamento
Carlos Soares/SSP-AM
Entre os meses de janeiro e maio deste ano, Manaus sepultou 64 pessoas como desconhecidas, sem reconhecimento familiar. O dado é do Instituto Médico Legal (IML), gerenciado pelo Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC).
O departamento afirmou que os sepultamentos ocorreram após o IML esgotar todas as tentativas de identificação.
Banco de dados
Mesmo com o sepultamento, o DPTC mantém um banco de dados com todas as informações sobre os corpos para um possível reconhecimento posterior, caso surjam familiares.
Os corpos são conservados pelo IML por um período de 30 dias. A diretora do instituto, Sanmya Leite, explicou que durante esse período, são coletadas amostras biológicas, fotografias, digitais, características, entre outras informações que possam ajudar no reconhecimento.
“Coletamos tudo para ser identificado a qualquer momento”, afirmou.
Conforme a diretora, os procedimentos podem ajudar uma família a localizar o seu familiar, caso tenha sido sepultado como desconhecido. Neste caso, é necessário ir ao instituto, na Avenida Noel Nutels, Cidade Nova, na Zona Norte, e por meio do serviço psicossocial disponibilizado pela instituição, dar entrada nos processos de identificação.
Números
Desde janeiro até agora, 64 corpos estiveram no IML sem que tenham sido reclamados por familiares. Deste total, 62 eram do sexo masculino e dois do feminino.
“As causas das mortes são por diversas naturezas”, informou o DPTC.
Após o período de 30 dias, o IML aciona o serviço funerário da Prefeitura de Manaus, o SOS Funeral, para que o corpo seja conduzido para sepultamento.
Manaus sepultou 64 pessoas como desconhecidas entre janeiro e maio
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