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Governadores criticam decreto de Lula sobre uso da força policial

O governo federal publicou um decreto para regular o uso de força policial em todo o país, que afirma que a arma de fogo só pode ser usada por profissionais de segurança pública como último recursoDivulgação/ PRF

Os governadores Romeu Zema (Novo-MG), Ratinho Júnior (PSD-PR), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Cláudio Castro (PL-RJ) divulgaram uma nota conjunta nesta semana criticando o decreto do governo federal que estabelece novas regras para o uso da força por policiais.

Segundo eles, a medida “beneficia o crime organizado” e compromete a autonomia dos estados, configurando uma “violação da Constituição brasileira”.  

Os governadores, membros do Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste), afirmam que o decreto representa uma tentativa do governo federal de regular as atribuições das polícias estaduais.  

“Medida arbitrária e punitiva”

Na avaliação dos signatários, a ação do governo federal é arbitrária e interfere diretamente na política de segurança pública dos estados. “A medida é arbitrária e uma tentativa, sem precedentes, de interferir na política de segurança dos estados”, destaca o texto.  

Eles pedem que o decreto seja revogado imediatamente, argumentando que ele penaliza policiais que se arriscam diariamente para proteger a sociedade.  

Os governadores defendem que a segurança pública no Brasil deve ser garantida com investimentos coordenados e o endurecimento das leis, e não por meio de decretos que, segundo eles, limitam o trabalho das forças de segurança.  

“A segurança das famílias brasileiras não será garantida com decretos evasivos que limitam o poder das polícias, mas sim com investimento coordenado e o endurecimento das leis”, concluem.  

A nota foi assinada por 4 dos 7 governadores que integram o Cosud. Renato Casagrande (PSB-ES) e Jorginho Mello (PL-SC) decidiram não aderir ao documento, enquanto Eduardo Leite (PSDB-RS) ainda analisa o teor do decreto com sua equipe jurídica.

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