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Caso Gritzbach: PM é preso identificado por atirar em delator do PCC

Vinicius Gritzbach estava respondendo na justiça por lavagem de dinheiro e homicídio duploDivulgação/Polícia Civil

O cabo da Polícia Militar suspeito de ser o autor dos disparos que mataram o delator do PCC (Primeiro Comando da Capital) Vinícius Gritzbach no Aeroporto Internacional de Guarulhos foi preso nesta quinta-feira (16), identificado por meio de reconhecimento facial, conforme revelou o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, em entrevista à GloboNews. A identificação ocorreu após um trabalho conjunto das forças de inteligência e da Corregedoria da PM. (Veja a íntegra da nota da PMESP abaixo).

A Operação Prodotes cumpriu 15 mandados de prisão preventiva e 7 de busca e apreensão em São Paulo, após investigações que revelaram o envolvimento de policiais militares com a organização criminosa PCC. Policiais prestavam escolta a Gritzbach, além de vazarem informações sigilosas que ajudavam criminosos a evitar prisões.

A operação, iniciada em março de 2024 após denúncia anônima, identificou membros da PM, ativos e da reserva, envolvidos no esquema. Entre os beneficiados estavam líderes do PCC, como “Tuta” e “Cebola”. A ação é coordenada pela SSP e visa identificar mais envolvidos.

“Após o trabalho de inteligência, restou o trabalho de reconhecimento facial, de imagens divulgadas após o assassinato, para ter a comprovação de quem era realmente o atirador. Conseguimos identificá-lo, qualificá-lo e foi só o tempo de solicitar à justiça a prisão”, declarou Derrite.

O secretário mencionou que a motivação do crime ainda não foi esclarecida e que as identidades dos envolvidos não foram divulgadas pela polícia. A prisão do cabo e de outras 12 pessoas ocorreu durante a Operação Prodotes, deflagrada para desarticular a ligação de PMs com narcotraficantes do PCC (Primeiro Comando da Capital). Dois outros agentes também estão com mandados de prisão e estão sendo procurados.

Entre os alvos da operação estão nove policiais responsáveis pela escolta do empresário Vinícius Gritzbach. Eles foram identificados como: Giovani de Oliveira Garcia, Wagner de Lima Compri Eicardi, Leandro Ortiz, Adolfo Oliveira Chagas, Samuel Tillvitz da Luz, Romarks César Ferreira Lima, Jefferson Silva Marques de Souza, Talles Rodrigues Ribeiro e Alef de Oliveira Moura.

Relembre

Vinícius Gritzbach, empresário e delator do PCC, foi assassinado em 8 de novembro de 2024, após ser atingido por quatro tiros ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos. O veículo utilizado pelos criminosos foi abandonado nas proximidades do local, contendo munição de fuzil e um colete à prova de balas.

Além de Gritzbach, outra pessoa, o motorista Celso Araújo Sampaio de Novais, também foi morta. Samara Lima de Oliveira e Willian Sousa Santos ficaram feridos, mas ambos sobreviveram. Nenhuma das vítimas tinha vínculo com Gritzbach, conforme a polícia.

O empresário, que havia sido ameaçado de morte pelo PCC e estava envolvido em uma guerra interna da facção, era acusado de ser o mandante do assassinato de narcotraficantes ligados à organização criminosa. Gritzbach também havia delatado policiais civis envolvidos em casos de corrupção e entregado à Justiça provas de uma conspiração contra sua vida.

Gritzbach era réu no caso da morte dos criminosos Anselmo Becheli Santa Fausta e Antônio Corona Neto, assassinados em 2021, e também na morte do executor Noé Alves Schaum, ocorrido em 2022.

Íntegra da nota da PMESP

Na manhã desta quinta-feira (16), a Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo deflagrou a Operação PRODOTES, que investiga o envolvimento de policiais militares com organização criminosa.

A operação teve início em março de 2024, após denúncia que apontava possíveis vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados à facção. A investigação, conduzida pela Corregedoria da PM, apurou que informações estratégicas vazadas por policiais militares, incluindo integrantes da ativa, da reserva e ex-membros da Instituição, permitiram que integrantes da organização criminosa evitassem prisões e prejuízos financeiros.

Entre os principais beneficiários do esquema estavam lideranças e integrantes da facção criminosa PCC, alguns já falecidos, outros procurados, como Marcos Roberto de Almeida, conhecido como “Tuta”, e Silvio Luiz Ferreira, o “Cebola”.

Um incidente notável ocorreu em novembro de 2024 no Aeroporto Internacional de Guarulhos, quando Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, envolvido em esquemas de lavagem de dinheiro e duplo homicídio, foi assassinado. Foi descoberto que policiais militares estavam fornecendo escolta particular a Gritzbach, apesar de seus antecedentes criminais. As investigações revelaram que tais ações constituíam a integração de policiais a uma organização criminosa, conforme previsto na Lei Federal nº 12.850/13.

A investigação resultou na expedição de 15 mandados de prisão preventiva e 7 de busca e apreensão em endereços na capital e Grande São Paulo. Entre os investigados está um policial militar identificado como autor dos tiros que mataram Gritzbach.

A operação conta com a colaboração da Força-Tarefa criada pela Secretaria de Segurança Pública, que busca identificar outros envolvidos e possíveis mandantes do crime.

A Polícia Militar reitera seu compromisso com a ética e a legalidade, combatendo rigorosamente qualquer desvio de conduta que comprometa a confiança da sociedade.

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