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Coreia do Sul confirma que Ucrânia capturou dois soldados norte-coreanos

O presidente russo, Vladimir Putin, e a ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choe Son Hui, se cumprimentam no início de uma reunião em 4 de novembro de 2024 em MoscouMikhail Tereshchenko

Mikhail Tereshchenko

O Serviço Nacional de Inteligência (NIS) da Coreia do Sul confirmou neste domingo (12) que a Ucrânia capturou dois soldados norte-coreanos feridos esta semana na região russa de Kursk, depois que Kiev alegou que eles estavam sendo interrogados.

A Ucrânia, os Estados Unidos e a Coreia do Sul acusaram a Coreia do Norte, com armas nucleares, de enviar mais de 10.000 soldados para ajudar a Rússia a combater a Ucrânia.

“O NIS, por meio de cooperação em tempo real com a agência de inteligência da Ucrânia (SBU) (…) confirmou que os militares ucranianos capturaram dois soldados norte-coreanos em 9 de janeiro no campo de batalha de Kursk, na Rússia”, disse a inteligência sul-coreana em um comunicado.

No sábado, o SBU divulgou um vídeo mostrando dois homens em beliches de hospital, um com as mãos enfaixadas e o outro com a mandíbula enfaixada. Um médico do centro de detenção disse que um deles também tinha uma perna quebrada.

O SBU também indicou que os homens disseram aos interrogadores que eram soldados experientes do Exército.

Kiev, no entanto, não apresentou provas diretas no sábado de que os homens capturados eram norte-coreanos. A AFP também não conseguiu verificar de forma independente sua nacionalidade.

A confirmação da Coreia do Sul acrescenta peso às alegações de Kiev, embora nem a Rússia nem a Coreia do Norte tenham reagido.

O NIS disse que um dos soldados capturados revelou durante o interrogatório que recebeu treinamento militar das forças russas depois de chegar ao país em novembro.

“Inicialmente, ele pensou que estava sendo enviado para treinamento, mas, depois de chegar à Rússia, percebeu que havia sido destacado”, disse o NIS.

De acordo com a inteligência sul-coreana, o soldado disse que as forças norte-coreanas haviam sofrido “perdas significativas durante a batalha”.

Acrescentou que um dos detidos “ficou sem comida ou água por quatro a cinco dias antes de ser capturado”.

O NIS disse que continuaria a trabalhar com o SBU para compartilhar informações sobre supostos combatentes norte-coreanos na Ucrânia.

– Cooperação –

A Rússia e a Coreia do Norte fortaleceram os laços militares desde a invasão russa na Ucrânia, mas não confirmaram se as forças de Pyongyang estão lutando por Moscou.

O chefe diplomático dos EUA, Antony Blinken, disse este mês que Washington acreditava que a Rússia estava expandindo sua cooperação espacial com a Coreia do Norte em troca de tropas para lutar na Ucrânia.

“A RPDC já está recebendo equipamentos e treinamento militar russo. Agora temos motivos para acreditar que Moscou pretende compartilhar tecnologia espacial e de satélite avançada com Pyongyang”, disse ele em Seul, usando o nome oficial da Coreia do Norte.

Blinken, assim como a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, disse que os EUA acreditam que a Rússia “pode estar próxima” de aceitar formalmente o status da Coreia do Norte como potência nuclear.

A declaração foi feita no momento em que a Coreia do Norte testava um novo míssil hipersônico, enquanto Blinken visitava seu aliado sul-coreano.

O presidente ucraniano Volodimir Zelensky afirmou em dezembro que cerca de 3.000 soldados norte-coreanos haviam sido “mortos ou feridos” lutando pela Rússia. Seul acredita que são 1.000.

Pyongyang e Moscou aprofundaram os laços políticos, militares e culturais desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.

Em uma carta de Ano Novo, o líder norte-coreano, Kim Jong Un, elogiou o presidente russo, Vladimir Putin, e fez uma possível referência à guerra na Ucrânia.

O líder norte-coreano disse que 2025 seria o ano “em que o exército e o povo russo derrotariam o neonazismo e alcançariam uma grande vitória”.

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