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Filhote de casal resgatado do tráfico de animais, espécie de arara ameaçada de extinção nasce em núcleo de Araçoiaba da Serra


Ave, que nasceu na sexta-feira (3), é filhote de um casal que foi resgatado do tráfico de animais. Depois que aprender a voar e se alimentar sozinha, a arara poderá ser solta na natureza. Filhote de arara-azul-de-lear nasce e recebe cuidados em núcleo de conservação
Uma arara-azul-de-lear nasceu na “maternidade” do Núcleo de Conservação da Fauna Silvestre (Cecfau) na sexta-feira (3). Foi o 1º exemplar da espécie que nasceu este ano no núcleo, que fica em Araçoiaba da Serra (SP). A ave faz parte da Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção, conforme o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
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A arara, que tem apenas quatro dias de vida, tem sido alimentada com uma seringa pelos profissionais do Cecfau e mantida no berçário. Segundo o núcleo, ainda não foi possível identificar o sexo da ave.
Filhote de arara-azul-de-lear nasce no Cecfau em Araçoiaba da Serra (SP)
Núcleo de Conservação da Fauna Silvestre/Divulgação
Conforme o Cecfau, a ave é filhote de um casal que foi resgatado do tráfico de animais. Os pais da ararinha receberam os cuidados e dever permanecer abrigados na instituição. Já a a ave mais nova poderá ser solta na natureza depois que aprender a se alimentar sozinha e a voar.
Além da família, existem outras 11 araras-azul-de-lear no núcleo do interior paulista, considerado uma maternidade de animais ameaçados de extinção. Desde 2019, 22 filhotes de araras-azuis-de-lear nasceram na instituição. Deste total, dez foram enviados para soltura na região do Parque Nacional do Boqueirão da Onça, na Bahia.
Segundo informações da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), existem por volta de 1,7 mil indivíduos adultos da espécie no Brasil.
São consideradas aves inteligentes, que costumam permanecer por bastante tempo nos locais de alimentação e reprodução
Nailson Junior
Ave brasileira
Segundo o Cecfau, a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) é uma espécie brasileira que costuma viver em grupos e pode ser encontrada com mais facilidade na região da caatinga, no nordeste do estado da Bahia. São consideradas aves inteligentes, que costumam permanecer por bastante tempo nos locais de alimentação e reprodução.
A espécie tem uma cauda longa, um bico forte, mede cerca de 75 centímetros, pesa cerca 950 gramas e pode viver, em média, 50 anos na natureza. A plumagem é na cor esverdeada na cabeça e pescoço, desbotada na barriga, e azul-cobalto na parte superior das asas e cauda. As manchas amarelas próximas ao bico também são características da espécie.
Conforme o Cecfau, o tráfico de animais silvestres e a destruição do habitat são os principais fatores de ameaça desta espécie, considerada em perigo de extinção.
Atualmente, o Brasil tem cerca de 1,2 mil espécies de animais com ameaça de extinção. É o caso do mico-leão dourado, da onça-pintada, da anta, do tubarão-martelo, do pica-pau-amarelo e até do lobo-guará, símbolo do Cerrado mineiro.
Arara-azul-de-lear é foco de ações de preservação
Marcelo Brandt/g1
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