Procuradoria Geral do Estado (PGE) entrou com recurso para garantir que provas fossem realizadas. Certame tinha sido suspenso após questionamento do MPE sobre vagas destinadas à pessoas com deficiência. Justiça determina continuidade de concurso para professores da Unitins
Divulgação/Unitins
O Tribunal de Justiça do Tocantins derrubou a decisão liminar de 1ª instância e autorizou a realização do concurso para professores da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins). As provas, portanto, serão realizadas neste domingo (16), como previsto no edital. O certame tinha sido suspenso após o Ministério Público Estadual (MPE) questionar a quantidade de vagas destinadas à Pessoas com Deficiência (PcD).
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Na decisão, publicada às 10h59 deste sábado (15), a juíza plantonista da 2ª instância, Jocy Gomes de Almeida, determinou o prosseguimento do concurso, mas suspendeu a publicação dos resultados até o julgamento de todas as questões descritas no recurso.
A decisão foi tomada após recurso interposto pela Procuradoria Geral do Estado, na noite desta sexta-feira (14).
O concurso recebeu inscrições de candidatos de várias partes do Brasil. Mesmo com a suspensão, alguns viajaram para Palmas na expectativa de fazerem a prova. Outros inscritos cancelaram a viagem ao saberem da decisão judicial.
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Entenda
O edital do concurso público da Unitins foi lançado em dezembro do ano passado, com salários que podem chegar a R$ 10.554,12. O certame oferece 132 vagas, das quais sete são reservadas para Pessoas com Deficiência (PcD).
Segundo questionamentos do Ministério Público Estadual (MPE), a quantidade de vagas destinadas a PcD não corresponde à legislação.
Na decisão que suspendeu o concurso, o juiz Océlio Nobre da Silva, da 1ª Vara da Fazenda e Registros Públicos de Palmas, entendeu que o percentual de vagas de no mínimo 5% para PcD está calculado de forma correta conforme o total de vagas. Entretanto, como há determinação para o local e cargo, as vagas disponíveis impedem que todos possam “se beneficiar da política de ação afirmativa, reduzindo significativamente a efetividade da norma legal”, destacou.
Nesta sexta-feira (14), a Defensoria Pública do Estado (DPE) também propôs uma Ação Civil Pública (ACP) para cobrar que o certame seja retificado para incluir a reserva de 20% das vagas para pessoas autodeclaradas negras. No documento atual, não há nenhuma vaga destinada às cotas raciais.
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