Teresinha Aparecida dos Anjos, hoje com 54 anos, não chegou a ser presa; acidente foi em 2019, na Avenida Santos Dumont. Para mãe da vítima, pena é pequena, mas é uma resposta. Motorista é condenada por morte de motociclista na av. Santos Dumont
Foi condenada a prestar serviços comunitários por dois anos uma motorista envolvida em um acidente que matou um motociclista em Londrina, no norte do Paraná. Teresinha Aparecida Dias dos Anjos também teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa pelo mesmo período.
Conforme decisão, os trabalhos junto a uma instituição de assistência serão de sete horas semanais.
O caso aconteceu em abril de 2019, na Avenida Santos Dumont. Felipe Camillo, de 27 anos, teve a moto atingida quando estava a uma quadra de casa. Ele chegou a ficar internado, mas não resistiu aos ferimentos.
À época, a mulher com então 50 anos não foi presa porque a Justiça entendeu que ela agiu de forma imprudente, mas sem intenção de matar.
Motorista é condenada a prestar serviço comunitário e ter CNH suspensa por acidente que matou motociclista em Londrina
Reprodução/RPC
O g1 tentou contato com a defesa de Terezinha, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem.
No processo, ela negou que dirigia de forma imprudente e afirmou que não viu a motocicleta no cruzamento onde aconteceu a batida. Alegou, ainda, que foi atingida por Felipe, que seguia em alta velocidade.
“A gente acha pouca [a condenação], dois anos, mas é uma conclusão que realmente ela é culpada, ela é a assassina do meu filho, ela tirou a vida do meu filho. E durante esses quatro anos a gente não teve apoio nenhum dela, nem um pedido de desculpa”, relatou a mãe de Felipe, Rosângela, à RPC.
Mãe de Felipe Camillo, em entrevista à RPC
Reprodução/RPC
Após a morte do jovem, familiares e amigos fizeram diferentes protestos pedindo por justiça.
Segundo Rosângela, a condenação também mostra que homicídios no trânsito passaram a ter um olhar diferente por parte do sistema judiciário.
“São respostas que a gente vai tendo. Na época que aconteceu o caso do Felipe, a maioria dos casos terminava assim: ‘foi fatalidade’, ‘ninguém saiu na rua pra matar’, quer dizer, tudo terminava em pizza como eu ouvi da própria assassina […] Isso aqui foi uma vitória”, frisou.
De acordo com a família da vítima, a motorista ainda responde na Justiça a um processo para pagamento dos danos. Isso porque, segundo a mãe, a mulher se recusou a assinar um documento para liberação do pagamento pela seguradora.
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