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Coronel Benito Franco: saiba quem é ex-comandante da Rotam preso em operação que investiga atos golpistas


Policial comandou a Rotam entre janeiro de 2019 e agosto de 2021. Ele é um dos alvos da 10º fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Benito foi comandante da Rotam entre janeiro de 2019 e julho de 2021
Wildes Barbosa/O Popular
O coronel da Polícia Militar de Goiás (PMGO) Benito Franco, preso pela Polícia Federal (PF) em operação que investiga atos golpistas, está há 25 anos na corporação. Ele já foi comandante do batalhão da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam) entre janeiro de 2019 e agosto de 2021 e ganhou notoriedade na época das buscas a Lázaro Barbosa, acusado de uma série de crimes violentos na região do Entorno do DF.
O g1 não localizou a defesa de Benito Franco até a última atualização desta reportagem. A operação investiga suspeitos de participação, financiamento, omissão ou financiamento dos fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília (DF), quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições.
Em um vídeo publicado em suas redes sociais em 2022 com o título “22 Bolsonaro não teve nenhum voto de nenhum índio no Brasil inteiro”, Franco comenta duas notícias veiculadas na mídia.
“Vimos que o presidente aguentou esse tempo todo e você reclama que o presidente está em silêncio? Só o fato de ele não ter anunciado e reconhecido a vitória do ladrão (sic) já diz tudo e é o que você precisava saber. Então mantenha a calma. Ninguém tá brincando de bandeirinha na rua não. A coisa é complexa e demanda tempo e toda uma série…”, diz o coronel em trecho onde não termina a frase”, disse.
Após fazer comentários sobre as notícias, ele questiona se “depois disso tudo”, os protestos pelo Brasil são exageros. “Pelos meus filhos, pelos seus filhos. Até pelos seus filhos, eleitores do Lula, que não se importa de obter as coisas licitamente, eu, coronel Benito Franco, da Polícia Militar de Goiás, ex-comandante do batalhão de Rotam, falo com todas as letras: o ladrão (sic) não sobe a rampa”, diz.
Na época, a PMGO havia determinado a abertura de de um procedimento administrativo para apurar o conteúdo do vídeo. Após a repercussão, o coronel disse que reconhecia a vitória do petista e que Lula era “democraticamente e reconhecidamente” pelos três poderes da República “o presidente do Brasil eleito em 2022”. Ainda em dezembro, o coronel foi denunciado ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) sobre suas falas. A audiência está marcada para acontecer no dia 13 de setembro.
O coronel é crítico do governo petista e um fiel apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele se candidatou a deputado federal no ano passado mas não conseguiu se eleger.

Em nota ao g1, a PMGO e a SSP informou que acompanhou todos os atos de cumprimento do mandado em desfavor de Benito e segue colaborando com a Justiça. A PF disse que não repassaria nenhuma informação sobre os investigados.
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