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Alstom deverá ser penalizada por atrasos na entrega dos novos trens da ViaMobilidade

Contrato com a concessionária das linhas 8 e 9 prevê multas em caso de problemas no cronograma de entrega, que deverá ser concluído em 2024

WILLIAN MOREIRA

A fabricante francesa de trens Alstom será penalizada com multa pelo atraso na entrega dos novos trens para as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da ViaMobilidade em São Paulo. A informação foi passada em coletiva pelo diretor-presidente da divisão de mobilidade do Grupo CCR, Marcio Hannas.

Ao ser questionado sobre este atraso, Hannas explicou, sem detalhar, que o contrato da compra de 36 novos trens para as duas linhas possui cláusulas relativas a problemas no cumprimento do que foi acordado por ambas as partes, incluindo inclusive atrasos nos prazos de entrega destas novas composições.

“O contrato já prevê as penalizações por conta de atraso da entrega dos trens. Então a gente vai aplicar as penalizações que já estão previstas em contrato. Esse contrato é protegido por cláusula de confidencialidade, então eu não posso abrir muita informação sobre o contrato, mas tem multas, é multa por atraso, basicamente.”

O governador Tarcísio de Freitas na mesma ocasião, junto ao representante da CCR, destacou que vai fiscalizar a fabricante e ver quais problemas resultam no atraso. Além disso, afirmou que 11 trens serão entregues em 2023, com pelo menos oito deles já iniciando a operar de atendimento aos passageiros para, no ano seguinte, concluir este processo da chegada da nova frota de 36 unidades.

“Tem uma questão com a empresa que está fabricando os trens e a gente vai lá também pra dentro pra fiscalizar esse negócio. Onze trens devem ser entregues [este ano], oito certamente entrarão em operação, vamos tentar ao máximo acelerar esse cronograma de maneira que no ano que vem nós teremos os trinta e seis”, afirmou o Governador.

O líder do grupo no setor de transporte pontuou também entender os problemas e dificuldades que o setor industrial atravessa atualmente, decorrente especialmente do período pós-pandemia, onde em um primeiro momento houve a redução na demanda e consequentemente na produção. Com a volta ao normal, um crescimento acima do esperado no número de vendas/pedidos, resulta na falta de componentes e peças no mercado mundial.

“É claro que a gente entende também que é uma situação da indústria ferroviária global, a falta de peças e componentes, é a mesma questão que está afetando a indústria automobilística. No período de pandemia os investimentos foram todos reduzidos e se você pegar todas as operadoras de de serviço público de trem no mundo inteiro, por conta da pandemia pararam de fazer seus investimentos e diminuíram a sua manutenção porque não tinha volume de passageiros e de clientes para poder manter a operação no mesmo nível. Não se tinha uma perspectiva de quando a pandemia iria terminar e como ia ficar essa demanda no pós-pandemia. Então todos os operadores diminuíram seus investimentos nesse período.

Depois da pandemia veio uma enxurrada de pedidos nessa indústria até maior do que o período pré pandemia a indústria não está preparada pra responder rapidamente, porque aí é que ela vai fazer as suas encomendas aí ela vai contratar gente vai treinar gente pra poder dar conta do volume de profissão sendo que a gente claro tem sempre um limite de capacidade de produção também das fábricas então esse é o período que nós estamos vivendo com falta de muito componente, falta de peça o que está prejudicando obviamente a montagem dos trens”, conclui Hannas. 

Willian Moreira para o Diário do Transporte

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