À Polícia Federal (PF), a Diretoria de Documentação Histórica da Presidência da República informou que, na gestão do ex-presidente, as decisões sobre destinação de itens para acervo público ou privado eram fundamentadas “genericamente”. Joias dadas de presente por autoridades sauditas a comitiva brasileira e que ficaram com Bolsonaro
Arquivo pessoal
Durante o governo de Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022, o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), órgão responsável por definir destino de presentes recebidos pela Presidência da República, não fazia “fundamentação específica e individualizada das razões para se considerar um bem como público ou privado”.
A informação foi dada pelo próprio órgão – agora chamado Diretoria de Documentação Histórica (DDH) em resposta a pedido da Polícia Federal (PF) no âmbito da investigação do caso das joias recebidas pela gestão do ex-presidente.
Segundo ofício do DDH, cabia ao chefe do GADH indicar quais presentes deveriam ser incorporados ao patrimônio da União e quais poderiam integrar o acervo privado do ex-presidente e que, em um caso específico, ele fundamentou a decisão sobre 26 itens diferentes de forma idêntica e genérica.
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No documento, a pedido da PF, o DDH também elenca o paradeiro de uma lista de presentes recebidos por Bolsonaro. Dos 18 itens sobre os quais a PF solicitou informações, 15 foram incorporados ao acervo privado do ex-presidente – entre eles, relógios de pulso e de mesa, canetas, anéis e esculturas.
De acordo com o DDH, não foram encontrados documentos que explicassem a motivação para classificar estes bens como públicos ou privados.
Presentes foram incorporados ao patrimônio de Bolsonaro sem ‘fundamentação específica e individualizada’, diz órgão responsável por acervo presidencial
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