Nível do rio subiu após chuvas das últimas semanas no Oeste potiguar. Pelo menos cinco famílias estão abrigadas em escola. Rua alagada perto do Rio Mossoró, no Oeste potiguar
Pedro Hugo/Inter TV Costa Branca
A cheia do Rio Mossoró alagou casas de moradores da cidade de Mossoró, no Oeste potiguar. Pelo menos cinco famílias estão abrigadas em um prédio público do município.
Alguns moradores ainda resistem em sair. A empregada doméstica Tânia Maria Gadelha começou a guardar as roupas em uma mala e os objetos da casa estão suspensos em uma prateleira. Ela está com medo de que a água do rio invada a residência e leve embora os pertences. A frente do imóvel e o quintal já foram inundados.
“Eu só saio de casa nas últimas, quando entrar a água em casa. As coisas estão trepadas nas tábuas. Até uma escada tem para subir. É uma situação muito difícil”, declarou.
O nível do rio vem aumentando nas últimas semanas por causa das chuvas intensas que atingem a região Oeste. A água invadiu ruas no entorno de uma barragem, no centro de Mossoró. No final da tarde de terça-feira (11), alguns moradores da rua Flávio de Oliveira, no bairro Alto da Conceição, precisaram sair das casas devido à cheia.
Cinco famílias que tiveram as casas invadidas pela água estão alojadas na Escola de Artes. Além de pertences pessoais, elas precisaram levar ao local eletrodomésticos e móveis. Os abrigados recebem alimentação e atendimento de assistentes sociais.
Famílias foram abrigadas em escola de Mossoró, após cheia de rio
Pedro Hugo/Inter TV Costa Branca
A dona de casa Maria Célia é uma das pessoas auxiliadas. Ela foi ao abrigo acompanhada da sobrinha. “A gente trouxe a geladeira, o fogão, as roupas, redes, uma televisão, mas deixei o resto lá. Trouxe minhas panelas também. Viemos às pressas, quase dentro d’água. Os colchões, arranjaram para a gente aqui”, disse.
Segundo ela, essa é a quinta vez que precisa sair de casa por causa do aumento do nível da água do rio.
Segundo Petras Vinícius, assessor especial da Secretaria de Assistência Social, o trabalho de retirada dos ribeirinhos começou antes mesmo de a água atingir algumas das casas, contando com auxílio da Defesa Civil e uso de caminhões para retirada dos móveis e eletrodomésticos.
“No abrigo, essas pessoas recebem suporte psicológico, de alimentação, de cuidado especial de saúde”, disse.
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