Juiz determinou a pronúncia de Afonso Celso Galves Pereira, que está foragido desde agosto de 2022. Câmera de segurança registrou agressões. Vídeo mostra agressão a mulher após confusão em bar de Campinas; polícia pediu prisão de
O advogado Afonso Celso Galves Pereira, acusado de espancar uma mulher na saída de um bar de Campinas em 2022, irá a júri popular para responder pelo crime de tentativa de feminicídio. A decisão do juiz Bruno Luiz Cassiolato ocorreu no último dia 10 de março, e o g1 teve acesso ao documento nesta segunda (17).
A agressão contra a vítima, de 42 anos, ocorreu em 22 de maio e foi registrada por uma câmera de segurança (veja no vídeo acima).
O réu está foragido desde agosto do ano passado e ao determinar o julgamento, o juiz da 1ª Vara do Júri de Campinas negou a Afonso o direito de recorrer em liberdade.
“Ainda que afastada a hipótese de feminicídio, há indícios suficientes de que o réu desferiu diversos golpes contra a cabeça da vítima, que se encontrava sozinha e caída na calçada. Além disso, ele não foi encontrado para ser citado ou intimado pessoalmente e permanece em local incerto, sendo necessária a manutenção determinação da custódia cautelar para assegurar a aplicação da lei penal”, diz a decisão.
O g1 tentou contato com os advogados do réu, mas não conseguiu localizá-los.
Vídeo registrou momento em que mulher é agredida no bairro Cambuí, em Campinas
Reprodução/EPTV
O crime
O caso ocorreu após uma confusão entre a vítima das agressões e a mulher do suspeito. No dia 24 de junho, quando a Polícia Civil pediu a preventiva, o delegado do 13º Distrito Policial (DP), André Schmutzler, afirmou que a confusão começou após duas mulheres se esbarrarem e uma derrubar a bebida da outra.
Em seguida, a vítima do espancamento bateu com um copo na cabeça da esposa do suspeito, o que gerou um corte.
As pessoas que estavam no bar intervieram e pediram para a mulher que desferiu o golpe com o copo ir embora. Depois que ela saiu, o suspeito a seguiu por cerca de 400 metros e deu uma rasteira que a derrubou, segundo o delegado.
“Em determinado momento, ele arrebentou ela. Ficou 1 minuto e 50 socando, dando chute na cabeça, batendo ela na parede”, disse Schmutzler.
O espancamento ocorreu em frente a um estacionamento na Rua Emílio Ribas. Enquanto a agressão acontecia, um casal chegou para estacionar e pediu para chamarem a Polícia Militar (PM). Outro casal teria se aproximado e dito para o homem parar.
Segundo o delegado, o suspeito teria admitido que bateu na mulher porque ela deu uma ‘copada’ na esposa dele. Na delegacia, o homem negou o crime e também se recusou a passar por exame no Instituto Médico Legal (IML).
A esposa dele passou por corpo de delito, que constatou lesão leve na cabeça. Já a vítima do espancamento foi encaminhada ao Hospital Dr. Mário Gatti – onde ficou internada por dois dias antes de receber alta.
Caso foi investigado pelo 13º Distrito Policial de Campinas
Reprodução/EPTV
A investigação
Após o registro do boletim de ocorrência na data do crime, os investigadores da Polícia Civil se aprofundaram no caso.
Segundo o delegado, a equipe foi no bar e refez todo o percurso de criminoso e vítima. Com isso, encontrou a pegou as câmeras que registraram não só as agressões, mas a perseguição.
Além das imagens, a polícia colheu depoimentos de testemunhas para fechar o inquérito. O delegado afirmou que o advogado não foi encontrado para prestar depoimento durante a apuração.
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