Dois funcionários e um paciente também foram resgatadas de trabalho similar ao de escravo no local, que fica localizado em Feira de Santana. Casa clandestina em Feira de Santana
MP-BA
Três pessoas foram encontradas em situação similar a de escravo e outras 60 em situação de extrema vulnerabilidade em uma casa clandestina para pessoas com transtornos mentais em Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (17) pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).
O local foi alvo de uma operação conjunta deflagrada pelo MP-BA, Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego, Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado, Polícia Federal e Polícia Civil na sexta-feira (14). Durante a ação, o responsável pela casa de acolhimento foi preso.
De acordo com os órgãos, os pacientes viviam em situação insalubre e os dois endereços do estabelecimento não atendiam os requisitos mínimos para a internação involuntária. O local não prestava atendimento médico satisfatório e não contava com equipe técnica multidisciplinar.
Não foram informadas quais eram as atividades desenvolvidas pelas pessoas encontradas em situação similar a de escravo, mas o MP-BA especificou que uma delas era paciente da instituição.
Durante a operação realizada na sexta-feira, os pacientes passaram por exames de corpo de delito e por avaliações psiquiátricas. Depois dos exames, oito deles foram internados no Hospital Especializado Lopes Rodrigues; três pessoas acamadas foram encaminhadas para atendimento médico de urgência nas UPAs 24h do Município de Feira de Santana e 31 residentes retornaram ao convívio familiar.
Segundo o MP-BA, processo de interdição do estabelecimento clandestino está em andamento.
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Mais de 50 pacientes são achados em situação de vulnerabilidade em casa clandestina para pessoas com transtornos mentais na BA
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