Paralização foi votada por 98% de mais de 9 mil membros do Sindicato dos Roteiristas da América. Medida pode acontecer caso acordo não seja atingido com estúdios até 1º de maio. Membros do sindicato dos roteiristas dos EUA protestam em frente aos estúdios Fox, em novembro de 2007
REUTERS/Chris Pizzello/File Photo
Os roteiristas de Hollywood aprovaram nesta segunda-feira (17), com maioria esmagadora em votação no sindicato, a realização de uma greve. De acordo com o jornal “New York Times”, a medida foi aprovada por 98% dos mais de 9 mil votantes.
Com isso, uma paralização pode ser realizada depois de 1º maio, quando termina o atual contrato com os maiores estúdios de Hollywood, caso as negociações fracassem.
Os representantes do Sindicato dos Roteiristas da América (WGA, na sigla em inglês) pediam aos cerca de 11,5 mil membros que votassem sobre dar ou não o poder de convocar uma greve.
O voto de autorização de greve tem como objetivo aumentar a pressão sobre empresas como Netflix e Walt Disney Co e convencê-los a aumentar a remuneração dos roteiristas, que argumentam que seus salários foram prejudicados por conta da revolução do streaming, que resultou em temporadas de TV mais curtas e pagamentos residuais menores.
“Sentimos que fomos desvalorizados por anos”, disse John August, um roteirista que faz parte do comitê de negociação do sindicato.
Uma greve prolongada pode custar caro. A última greve do WGA, em 2007 e 2008, durou 100 dias.
As redes de TV transmitiram reprises e mais reality shows, enquanto o custo da paralisação para a economia da Califórnia foi estimado em US$ 2,1 bilhões, de acordo com o Milken Institute. A maioria dos roteiristas de TV e de cinema vive em Los Angeles ou Nova York.
Roteiristas de Hollywood aprovam realização greve em votação caso negociações fracassem
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