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Congresso instala 3 comissões mistas para analisar MPs consideradas fundamentais pelo governo

A instalação das comissões acontece depois de meses de impasse. Os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, discordam sobre o rito de votação das medidas provisórias. Congresso instala comissões mistas que vão analisar MPs prioritárias do governo
Nesta terça-feira (11), o Congresso Nacional instalou três comissões de deputados e senadores para analisar as medidas provisórias que o governo considera fundamentais.
Às 14h30, horário previsto para a instalação das comissões, apenas os senadores estavam na sala. Só depois os primeiros deputados começaram a chegar, garantindo o quórum.
A instalação dessas comissões acontece depois de meses de impasse. Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do Progressistas, e do Senado, Rodrigo Pacheco, do PSD, discordam sobre o rito de votação das medidas provisórias.
Desde o início da pandemia, para facilitar a tramitação, as MPs passaram a ser votadas diretamente nos plenários, sem passar por comissões mistas – como é previsto na Constituição. Arthur Lira queria que as votações continuassem assim, mas Pacheco determinou a volta das comissões.
O impasse continua, mas um acordo permitiu que as medidas provisórias, consideradas prioritárias pelo governo, fossem votadas antes de perder a validade. O primeiro passo é a instalação das comissões.
A primeira comissão instalada foi a que vai analisar a MP com as novas regras do programa Minha Casa, Minha Vida. O presidente vai ser o senador Eduardo Braga, do MDB, e o relator, o deputado Guilherme Boulos, do PSOL.
Já as comissões das medidas que criaram novos ministérios e o novo Bolsa Família foram instaladas, mas apenas com os presidentes: os senadores Davi Alcolumbre, do União Brasil, e Fabiano Contarato, do PT. Inicialmente, não houve acordo sobre os nomes dos deputados relatores. Os senadores lembraram que sem a participação da Câmara, as comissões não podem trabalhar.
“A norma constitucional não é uma norma de conveniência, ela não pode ser exercida só quando é conveniente a um ou a outro. Ela é uma norma constitucional de garantias individuais e coletivas, de direitos fundamentais que precisam respeitados por todos. Principalmente por quem jurou cumprir a Constituição no exercício dos nossos mandatos, sejam senadores, sejam deputados federais”, diz Eduardo Braga.
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Novas reuniões e os líderes da Câmara decidiram: o relator da medida provisória que reestrutura o governo foi indicado. Vai ser o deputado Isnaldo Bulhões, do MDB, que negou qualquer boicote.
“Não houve, nem na semana passada nem na tarde de hoje, nenhuma manobra de obstrução. Era apenas o fato que nós, líderes da Câmara, estávamos dentro de um debate natural, porque ainda havia indefinição dos blocos parlamentares ou partidos representados na Câmara que passariam a indicar cada medida provisória instalada na tarde de hoje”, afirmou Isnaldo Bulhões.
O relator da comissão da MP do Bolsa Família deve ser escolhido nesta quarta-feira (13).
Também estava prevista para esta terça-feira (11) a instalação da comissão da MP com novas regras do Carf, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Mas o governo e líderes decidiram transformá-la em um projeto de lei com urgência constitucional.

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