Encontro Nacional da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil discutiu estratégias de comunicação para o setor, e teve participação da Federação de Agricultura do Acre (Faeac). Evento debateu estratégias para a comunicação do setor no Brasil
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O presidente da Federação de Agricultura do Acre (Faeac), Rodrigo Pires, afirmou que é preciso mostrar que o setor vai além dos grandes produtores. A proposta foi defendida durante a participação do empresário e produtor rural acreano em um encontro nacional da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nessa quinta-feira (13), que discutiu estratégias de comunicação para o setor, que costuma receber críticas em relação a desmatamento e degradação de florestas no país e no mundo.
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Pires ressalta que a comunicação é essencial para essa linha de atividades, e que está em expansão. O produtor acreano também classificou as críticas como ‘detração’.
“Na Amazônia, formaremos um bloco do grupo da região norte que irá trabalhar para combater a detração que o setor sofre através de ONGs e da mídia internacional. Vamos combater a mentira com verdades e depoimentos reais de pessoas que vivem do agro na Amazônia”, disse.
Pires se posicionou a favor da proposta do presidente da CNA, João Martins, de que é preciso incluir o pequeno produtor na divulgação do agronegócio brasileiro. Segundo a confederação, essa categoria representa 85% do setor.
“Agora é preciso mostrar que o agronegócio brasileiro não é só o grande, mas que são milhões no Brasil e na Amazônia são milhares”, afirmou.
Agro no Acre
O agronegócio foi o carro-chefe da balança comercial do Acre em 2022, que alcançou um superávit recorde de U$ 49,1 milhões.
Com relação a 2021, o aumento nas exportações foi de 11,3%, já que no ano anterior foram US$ 48.837.789 exportações contra US$ 54.365.65.
Milho, soja e derivados representaram 33% das exportações do Acre. Madeira e derivados ficaram em segundo lugar, configurando 32,3% do que foi exportado, seguido da castanha, com 17,9% das exportações. Bovinos e derivados somam 9,3% e suínos e derivados 3,1%.
Devastação na Amazônia
A chegada da produção agropecuária na região amazônica foi estimulada pelo governo federal desde a década de 1950, segundo pesquisadores, e isso foi intensificado durante a ditadura militar.
A intenção era ocupar uma região extensa do país, para evitar que fosse invadida por estrangeiros. Na época, não havia a preocupação com o desmatamento e seus efeitos, diferentemente do que ocorre desde os anos 1990.
A plataforma Mapbiomas aponta que, entre 1985 e 2018, 41,9 milhões de hectares de floresta viraram pastagem. Isso significa que 88% do incremento da área de pecuária na região veio da derrubada de florestas.
Ainda hoje, a pecuária é associada por ambientalistas ao desmatamento ilegal, sendo apontada como razão das queimadas feitas por invasores para abrir novos pastos, derrubando a floresta.
VÍDEOS: g1
Representante do AC em evento de agricultura defende que setor vai além dos grandes produtores: ‘milhões no Brasil, milhares na Amazônia’
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