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Amazonas intensifica monitoramento de cepas virais da gripe aviária


Ação acontece após Ministério declarar estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional em função da detecção da infecção pelo vírus de alta patogenicidade H5N1 em aves silvestres no Brasil. Ações de monitoramento de cepas virais da Influenza Aviária são intensificadas pela Adaf no AM
Divulgação/Adaf
A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) vai intensificar as ações de monitoramento de cepas virais da Influenza Aviária (IA) – gripe aviária, no Amazonas. A ação acontece após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarar estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional em função da detecção da infecção pelo vírus de alta patogenicidade (IAAP) – H5N1 – em aves silvestres no Brasil.
A medida tem validade de 180 dias e consta na Portaria nº 587, publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) de ontem (22/05).
“A autarquia vai buscar todas as fontes de recursos disponíveis e realizar todas as articulações institucionais necessárias para superar a emergência zoosanitária”, segundo o diretor-presidente da Adaf, José Omena.
Segundo a agência, o objetivo é assegurar questões logísticas, recursos financeiros e materiais tecnológicos necessários para executar as ações de emergência.
Notificação
A Adaf orienta que as pessoas não recolham aves doentes ou mortas, e notifiquem o serviço veterinário oficial para evitar que a doença se espalhe. A comunicação pode ser feita junto a um escritório local da Adaf, pelo AdafOuv no número (92) 99380-9174 ou por meio do Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (e-Sisbravet).
Até o momento, o Brasil já registra oito casos confirmados da doença em aves silvestres, sendo sete no Espírito Santo (três ainda aguardando o sequenciamento), nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares e Itapemirim, e um caso no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra.
As aves são das espécies Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Sula leucogaster (atobá-pardo) e Thalasseus maximus (trinta-réis real).
A Adaf reforça que não há mudanças no status brasileiro de livre da IAAP perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), por não haver registro na produção comercial.
Na portaria publicada ontem, o ministério também prorroga, por tempo indeterminado, a suspensão da realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves e a criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior, em estabelecimentos de todas as unidades da federação.
Segundo a médica veterinária da Adaf e coordenadora do inquérito epidemiológico de aves no Amazonas, Fernanda Rech, na avicultura industrial devem ser reforçadas medidas de biosseguridade como: uso de telas de proteção, evitando a presença de buracos e a consequente entrada de animais silvestres nos plantéis; restrição da entrada de pessoas alheias à produção; e desinfecção de veículos.
“No caso da avicultura de subsistência, como a maioria das aves tem a criação livre, caso não seja possível manter os animais em ambiente reservado, é importante que a alimentação e a água fiquem em local fechado para que aves silvestres não sejam atraídas. É importante destacar, ainda, que não há relatos de transmissão da Influenza Aviária por meio do consumo da carne de aves e ovos”, destacou.
Inquérito epidemiológico
Comprometida em monitorar doenças de notificação obrigatória nas aves, a Adaf realizou, em janeiro deste ano, a primeira etapa do inquérito epidemiológico de aves, voltado à avicultura industrial.
Neste momento, está acontecendo em 38 municípios do estado a segunda etapa do trabalho, voltada ao segmento de avicultura de subsistência, em especial em propriedades próximas a cursos d’água.
O trabalho de coleta ocorre em todo o país e coincide com o momento de alerta para a doença.
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