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Coqueluche: Com 7 pessoas infectadas no Norte de MG em 2024, municípios são alertados sobre possibilidade de aumento de casos


Recomendação dada pela Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros é que as secretarias de saúde se mantenham em alerta diante de casos suspeitos, que devem ser notificados em até 24 horas e precisam de investigação imediata. Vacina para coqueluche
Reprodução/RPC
Com sete casos de coqueluche confirmados no Norte de Minas Gerais em 2024, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) Regional de Montes Claros emitiu alerta para 54 cidades da região sobre a possibilidade de aumento de casos da doença.
Segundo a Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros, houve confirmação nos seguintes municípios:
Montes Claros – 3 casos
Francisco Sá – 1 caso
Botumirim – 1 caso
Francisco Dumont – 1 caso
Bocaiuva – 1 caso
A recomendação dada pela SRS é que as secretarias de saúde se mantenham em alerta diante de casos suspeitos, que devem ser notificados em até 24 horas e precisam de investigação imediata.
Dos casos confirmados, cinco são pessoas do sexo masculino, com idades entre sete meses e 36 anos. As outras duas são crianças, do sexo feminino, de um mês de idade e outra com nove anos.
“Além da baixa cobertura vacinal de crianças e de gestantes, aliado ao aumento de casos de coqueluche no Brasil, torna a vigilância de novos casos mais necessária e importante a fim de conter o avanço da doença”, ressaltou a coordenadora do CIEVS e da vigilância em saúde da SRS de Montes Claros, Agna Soares da Silva Menezes.
Doença e casos suspeitos
O que é coqueluche, doença que acendeu o alerta no Brasil e em países da Europa
A coqueluche é uma infecção respiratória causada por bactéria. Altamente transmissível, tem como característica principal crises de tosse seca.
A coordenadora do CIEVS orienta que são considerados casos suspeitos em crianças menores de seis meses, independente da situação vacinal, quando há tosse de qualquer tipo, há 10 dias ou mais, associada a um ou mais dos seguintes sintomas: tosse paroxística (violenta e incontrolável); tosse súbita incontrolável, com tossidas rápidas e curtas (cinco a dez), em uma única expiração; guincho inspiratório; vômitos pós-tosse; cianose (coloração azulada na pele); apneia e engasgo.
Em pessoas com mais de seis meses, independe da cobertura vacinal, são considerados suspeitos os casos nos quais ocorre tosse de qualquer tipo há 14 dias ou mais, associada a tosse paroxística, guincho inspiratório e vômitos pós-tosse.
Vacinação
Sobre a vacinação, forma mais eficaz de prevenção à doença, a SRS orienta que:
Crianças a partir de dois meses de idade devem tomar, no mínimo, três doses de vacina pentavalente (contra difteria, tétano, coqueluche, meningite e hepatite B), com reforço aos 15 meses e um segundo reforço aos quatro anos
Gestantes devem tomar uma dose do tipo adulto contra a coqueluche (dTpa) a partir da vigésima semana a cada gestação
Em 2024, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) ampliou a indicação de uso da vacina dTpa, em caráter excepcional, para trabalhadores da saúde que atuam nos serviços públicos e privados, ambulatorial e hospitalar, com atendimento em ginecologia e obstetrícia; parto e pós-parto imediato, incluindo as casas de parto; Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e unidades de cuidados intensivos neonatal convencional e canguru; berçários; pediatria; profissionais que atuam como doulas (acompanhando a gestante durante o período de gravidez, parto e pós-parto); e trabalhadores que atuam em berçários e creches, com atendimento de crianças até quatro anos de idade.
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