• New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

Baixada em Pauta #218: Dedé Santana abre o coração e conta história inédita: ‘Filme sobre a minha vida’


Humorista, cineasta, artista circense e eterno trapalhão. O homem de muitas histórias, e que foi figura presente na infância de boa parte da população brasileira, esteve no Baixada em Pauta e contou em detalhes situações que nunca havia falado, como a perda do pai e as palhaçadas da avó. Baixada em Pauta: Dedé Santana, o eterno trapalhão, é o convidado da semana
Dedé Santana, humorista, cineasta e artista circense, esteve no podcast Baixada em Pauta, em uma conversa descontraída com os jornalistas Matheus Müller e Luiz Linna.
✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Santos no WhatsApp.
Durante o bate-papo, ele compartilhou detalhes sobre sua carreira, contou histórias inéditas, falou sobre a relação com o amigo e parceiro Renato Aragão, e os desafios enfrentados pelo setor circense no Brasil, que resultou em um pedido às autoridades.
A origem de Dedé Santana e a herança cigana
Dedé Santana começou a conversa relembrando suas raízes familiares, explicando que seu pai era descendente de ciganos da Ucrânia, que atualmente está em guerra com a Rússia.
Segundo ele, existem três raças de ciganos e a dele é dos circenses. Ele inclusive se emocionou ao lembrar de uma passagem vivida em uma festa cigana na Paraíba. Convidado, o trapalhão ganhou um livro com imagens dos ciganos famosos no país, e sua imagem estava registrada nele.
Ele também citou uma passagem engraçada com a avó, que disse nunca ter contado a ninguém. Ela também atuava como palhaça. Você escuta esse trecho no minuto 49’35 da conversa.
Dedé Santana
Alexsander Ferraz/AT
Morte do pai e filme da vida
A conversa seguiu com relatos da difícil jornada de Dedé e da família no início da carreira dele no circo. Ele contou que, ao chegar em Cubatão (SP), antes de se apresentar em Santos (SP), a situação financeira da família era muito apertada.
“A gente estava ferrado, não tinha caminhão, o caminhão estava quebrado”, disse, lembrando que, com a ajuda de alguns comerciantes locais, a família conseguiu material arrumar e pintar o circo, que, segundo ele, estava caindo aos pedaços.
No dia da estreia do circo em Cubatão, porém, uma tragédia. O pai, que havia saído para pegar uma lata tinta para finalizar a pintura, foi atropelado e morreu.
“Velamos meu pai atrás do circo”, relatou Dedé com emoção, lembrando que, apesar da dor, a mãe, sempre decidida, incentivou a continuar trabalhando para pagar as dívidas e fazer o enterro.
“Esse foi o momento mais difícil da minha vida, mas também é um momento que, pelas pessoas que querem muito saber disso, me deu algo para fazer um filme sobre a minha vida”, explicou.
Pacto com Renato Aragão
Ex-trapalhão Dedé Santana interpreta palhaço Careta em peça ‘Palhaços’, de Timotchenko Wehbi e adaptada por Alexandre Borges
Tatiana Coelho/Divulgação
Durante a entrevista, Dedé também compartilhou um pouco sobre sua parceria com Renato Aragão, o Didi, que se tornou um dos maiores nomes da televisão brasileira. Eles tinham uma relação de amizade e respeito mútuo, com um pacto feito entre os dois para que continuassem sempre juntos.
Ele ressaltou que a amizade deles sempre foi marcada pela vontade de fazer as pessoas felizes, sem o desejo de fama. “A gente queria fazer o povo feliz”.
Pedido às autoridades
No fim da conversa, Dedé Santana fez um apelo importante para as autoridades. Como embaixador do Circo do Brasil, ele expôs as dificuldades enfrentadas pelo setor, especialmente com relação aos alvarás.
“O circo está sofrendo muito com o negócio de alvará”, disse ele, explicando que, ao montar o circo em Santos, ele é obrigado a obter vários alvarás para diferentes áreas, o que gera custos e um grande desgaste.
Dedé sugeriu uma mudança: um único alvará que valesse para todas as cidades de uma mesma região, como já ocorre em algumas outras partes do Brasil. “Se você faz um alvará para São Paulo, ele deveria valer para o estado todo”, pediu Dedé.
Ele também ressaltou a importância da fiscalização do Corpo de Bombeiros, mas argumentou que um único alvará facilitariam a vida dos artistas circenses. “O artista circense está sofrendo muito no Brasil”, finalizou, deixando um apelo claro para que as autoridades olhassem com mais atenção para as necessidades do setor.
Você confere essa história e muitas outras no bate-papo no podcast ou videocast do Baixada em Pauta. O acesso pode ser feito nesta matéria, na home do g1 Santos, nos aplicativos de áudios favoritos ou pelo Facebook. Basta curtir as páginas e nos seguir!
O que são podcasts?
Um podcast é como se fosse um programa de rádio, mas não é: em vez de ter uma hora certa para ir ao ar, pode ser ouvido quando e onde a gente quiser. E em vez de sintonizar numa estação de rádio, a gente acha na internet. De graça.
Dá para escutar num site, numa plataforma de música ou num aplicativo só de podcast no celular, para ir ouvindo quando a gente preferir: no trânsito, lavando louça, na praia, na academia…
Os podcasts podem ser temáticos, contar uma história única, trazer debates ou simplesmente conversas sobre os mais diversos assuntos. É possível ouvir episódios avulsos ou assinar um podcast – de graça – e, assim, ser avisado sempre que um novo episódio for publicado.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.